Enunciado

Dentre as coordenadas cilíndricas ou esféricas, utilize a que lhe parecer mais apropriada.

Determine o volume e o centroide do sólido E que está acima do cone z = x 2 + y 2 e abaixo da esfera x 2 + y 2 + z 2 = 1 .

Passo 1

Fala, pessoal! Tudo show? 😊

A questão pede pra gente determinar o volume e o centroide do sólido E que está cima do cone

z = x 2 + y 2

E abaixo dessa esfera aqui, ó:

x 2 + y 2 + z 2 = 1

Precisamos decidir se é melhor usar coordenas esféricas ou cilíndricas para calcular tanto o volume como o centro de massa do sólido.

Como ele é limitado por uma esfera, parece mais lógico usar coordenadas esféricas, concorda?

Relembrando, temos:

x = ρ s e n ϕ cos ⁡ θ y = ρ sen ⁡ ϕ sen ⁡ θ , z = ρ cos ⁡ ϕ ρ 2 = x 2 + y 2 + z 2 d V = ρ 2 sen ⁡ ϕ d ρ d θ d ϕ

Estamos trabalhando com ρ , θ , ϕ , onde ρ é a distância da origem ao ponto, θ é o ângulo formado em relação ao eixo x e ϕ é o ângulo formado em relação ao eixo z.

Passo 2

Vamos descobrir os limites de integração.

Teríamos de cara

0 ≤ ρ ≤ 1

Vamos ver como fica a equação do cone nessas coordenadas:

z 2 = x 2 + y 2

ρ 2 cos 2 ⁡ ϕ = ρ 2   s e n 2 ϕ   ( cos 2 ⁡ θ + s e n 2 θ )

Assim,

s e n   ϕ = cos ⁡ ϕ

ϕ = π 4

Desta forma, pegando apenas a parte de cima do cone, temos que o sólido é limitado por

0 ≤ ϕ ≤ π 4

enquanto θ pode variar livremente de 0 a 2 π . Assim, o volume será

V = ∭ D d V

∫ 0 2 π ∫ 0 π / 4 ∫ 0 1 ρ 2   s e n   ϕ   d ρ   d ϕ   d θ

Já para o centro de massa, note que como o eixo de simetria do sólido está na direção z e vamos supor que a distribuição de massa é uniforme (densidade constante), temos que x - = y - = 0 . Assim, resta

z - = 1 V ∭ D z   d V = 1 V ∫ 0 2 π ∫ 0 π / 4 ∫ 0 1 ρ 3 cos ⁡ ϕ   s e n   ϕ   d ρ   d ϕ   d θ

Passo 3

Calculando a integral, uma técnica que podemos utilizar é separar as integrais conforme suas variáveis.

Sendo assim, temos:

∫ 0 2 π ∫ 0 π / 4 ∫ 0 1 ρ 2   s e n   ϕ   d ρ   d ϕ   d θ

V = ∫ 0 2 π d θ   ∫ 0 1 ρ 2   d ρ ∫ 0 π 4 s e n   ϕ   d ϕ

Assim,

θ 0 2 π     ρ 3 3 0 1       - cos ⁡ ϕ 0 π 4

Substituindo os limites de integración...

V = 2 π 3 1 - 2 2

Ou melhor,

2 - 2 π 3

Passo 4

Para o centroide,

z - = 2 π V ∫ 0 1 ρ 3   d ρ ∫ 0 π 4 s e n   2 ϕ 2   d ϕ

Sabendo que s e n   2 x = 2   s e n   x cos ⁡ x . Fazendo as integrais,

z - = 2 π V ⋅ 1 4 ⋅ - cos ⁡ 2 ϕ 4 0 π 4 = π 2 V ⋅ 1 4 = 1 8 ⋅ π V

Usando que

π V = 3 2 - 2 ,

Temos que

z - = 3 8 2 - 2

Moleza! 😉

Resposta

V = π 2 - 2 3

    0 ,   0 , 3 8 2 - 2  

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