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A engenharia de alimentos é relativamente nova, sendo criada em 1967 no Brasil, a partir da necessidade de criar uma padronização nos alimentos, já que a sociedade saia de uma produção alimentícia mais artesanal para um contexto de crescente industrialização. Neste texto vamos entender o que faz um engenheiro de alimentos e quanto ganha.

E como funciona a engenharia de alimentos? Como uma maior escala pede maior capacidade de controle, essa vertente da engenharia está relacionada às demandas sociais por alimentos mais diversos, saudáveis, e em disponibilidade imediata, como ocorre hoje nos mercados.

Você já parou para pensar que, há alguns anos, seria impossível sair para fazer compras apenas uma vez ao mês, ou a cada 15 dias? Até mesmo os grãos, que eram secos, tinham durabilidade menor do que hoje, e as pessoas da época precisavam desenvolver técnicas arcaicas de conservação.

A engenharia de alimentos entende as características de cada produto e sabe como processá-los. Você sabe o que se estuda e qual é a área de atuação em engenharia de alimentos? Continue essa leitura e entenda melhor o que faz um engenheiro de alimentos e quanto ganha atualmente.

Sobre o curso de Engenharia de Alimentos

Para se formar como um engenheiro de alimentos, o aluno precisa aprender o básico da engenharia para compreender como aplicar esses conhecimentos ao setor alimentício. Para isso, é preciso desenvolver boa relação com a tecnologia, e o pensamento voltado ao método científico.

A formação geralmente é um bacharelado com duração média de 5 anos, mas o que se estuda em um curso de engenharia de alimentos? O início do curso é um ciclo básico de disciplinas da engenharia, como cálculo, geometria e álgebra, bioquímica, além de matérias como introdução à engenharia de alimentos.

Apesar de ser um curso de ciências exatas, a formação engenharia de alimentos possui matérias de gestão, sociologia, economia, estudos de embalagens, e até mesmo segurança do trabalho.

A formação exige bastante dos estudantes, com muitas disciplinas voltadas para a área de química e biologia, já que esses conhecimentos serão imprescindíveis na vida profissional.

O que faz um engenheiro de alimentos? 

Você provavelmente está curioso para entender o que faz um engenheiro de alimentos e quanto ganha. Para isso, é preciso entender como funciona a área de atuação da engenharia de alimentos, que já adianto, é bem ampla!

O ambiente industrial permite uma gama de atuações, uma delas é a criação de novos produtos alimentícios. As indústrias também demandam profissionais que possam analisar os produtos já existentes, determinando seu padrão de qualidade.

Os alimentos processados precisam de processos de conservação, e o engenheiro de alimentos pode indicar melhores formas de fazer isso, com menor impacto à saúde de quem consome a consome. A produção em larga escala pede outros tipos de ingredientes, e determinar o uso deles também é uma função desse profissional.

Interessante citar que a amplitude desse trabalho torna possível a atuação na ouvidoria de consumidores, processo de embalagem, no transporte, armazenamento, fiscalização governamental, e até vendas técnicas.

Com um interesse cada vez maior na saúde, esse mercado se mostra promissor para aqueles que desejam trabalhar com o desenvolvimento de produtos cada vez mais saborosos, multifuncionais, e parecidos com as versões que são altamente prejudiciais para o nosso organismo.

Engenheiro de alimentos trabalha em fábricas para verificar qualidade de produtos

Engenheiros de alimentos podem fazer fiscalização de produtos (Freepik)

Onde estudar Engenharia de Alimentos?

Agora que você já entende melhor o que faz um engenheiro de alimentos, precisa ter acesso a um dos fatores determinantes para entender o quanto esse profissional ganha. Uma educação de qualidade aumenta a chance de empregabilidade, progressão de carreira e, consequentemente, de sucesso profissional.

Um principais indicadores de qualidade da educação superior do Brasil é o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), uma prova escrita, realizada pelos estudantes da instituição, que é aplicada anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), em consonância com o Ministério da Educação.

A última edição do Enade foi realizada em 2021, após um ano sem a aplicação das provas, em decorrência da pandemia de covid-19. Apesar disso, os resultados dessa edição mais recente só serão divulgados em agosto deste ano. A última atualização desta nota no MEC é referente a 2019.

Os resultados do exame em questão demonstram que apenas sete IES alcançaram a nota máxima no curso de engenharia de alimentos. Confira quais são elas:

Nome da instituição Tipo de atuação Localidade
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA (UFV) Universidade Pública Federal Viçosa/ MG
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ (PUCPR) Universidade Privada sem fins lucrativos Curitiba/ PR
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS (UNICAMP) Universidade Pública Estadual Campinas/ SP
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS) Universidade Pública Federal Porto Alegre/ RS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC) Universidade Pública Federal Florianópolis/ SC
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ (UTFPR) Universidade Pública Federal Francisco Beltrão/ PR

Quanto ganha um engenheiro de alimentos?

Como já sabemos, a área de atuação da engenharia de alimentos é muito ampla, portanto o que faz um engenheiro de alimentos e quanto ganha irá depender do seu local de trabalho. O mercado é bem aquecido, já que essa profissão está ligada ao controle de qualidade alimentícia, fator que pode até mesmo fechar uma indústria.

Das pequenas agroindústrias de processamento, distribuidores de alimentos e bebidas, restaurantes, até as grandes potências do ramo de alimentos, os valores a serem pagos aos profissionais também dependem do seu nível de experiência.

No Brasil há um piso que, de acordo com a Lei 4.950/A, de 22 de abril de 1966, deve ser pago a qualquer profissional de engenharia. Os valores previstos para o ano de 2022 ficam em torno de R$7.200 para seis horas diárias, R$9.000 para sete horas e meia, e quase R$11.000 para oito horas diárias.

O cálculo é feito com base no salário mínimo, portanto quanto mais reajustes esse valor sofre, consequentemente a remuneração da profissão também cresce. Esses valores, juntamente com a atuação do engenheiro de alimentos, te convenceram a seguir essa profissão? Se ainda estiver com dúvidas, não deixe de conferir nossa sessão especial sobre engenharias no blog. Nela, você conhece mais sobre esses cursos tão diversos!

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