Em um experimento, o nervo vago do coração foi cortado. Os investigadores observaram que a frequência cardíaca aumentou. Por que isso aconteceu?

Passo 1

O enunciado diz que, ao cortar o nervo vago que inerva o coração, a frequência cardíaca aumentou. O conteúdo envolvido é a regulação autonômica do nó sinoatrial, que depende do equilíbrio entre as fibras parassimpáticas (nervo vago) e simpáticas. Para responder, precisamos entender o que o vago faz normalmente sobre o coração.

Passo 2

O nervo vago transporta fibras parassimpáticas que liberam acetilcolina no nó sinoatrial. A acetilcolina atua sobre receptores muscarínicos, diminuindo a permeabilidade ao sódio e ao cálcio e aumentando a permeabilidade ao potássio. Isso hiperpolariza as células marcapasso e atrasa o despolarização, reduzindo a frequência de disparo.

Passo 3

Enquanto o vago está intacto, existe um tônus vagal de base que mantém a frequência cardíaca abaixo de sua frequência intrínseca (cerca de 100 bpm). Na prática, num repouso saudável, o tônus vagal faz cair a frequência para cerca de 70 bpm.

Passo 4

Ao cortar o nervo vago, eliminamos completamente essa influência parassimpática inibitória. Sem a acetilcolina do vago, o nó sinoatrial desnuda-se do freio que reduzia seu ritmo e volta a disparar mais rápido, ficando a regulação simpática (ou a frequência intrínseca) sem oposição, o que causa o aumento da frequência cardíaca.

Resposta

A frequência aumentou porque a remoção do tônus vagal eliminou a influência parassimpática inibitória sobre o nó sinoatrial, fazendo com que ele dispare em seu ritmo intrínseco ou sob controle simpático desopositor.

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