Enunciado

Considere um ciclo regenerativo de refrigeração a gás que usa o hélio como fluido de trabalho. O hélio entra no compressor a 100 kPa e -10 °C e é comprimido até 300 kPa; em seguida, é resfriado até 20 °C pela água. Ele então entra no regenerador, onde é resfriado adicionalmente antes de entrar na turbina. O hélio finalmente sai do espaço refrigerado a -25 °C e entra no regenerador. Considerando que a turbina e o compressor são isentrópicos determine (a) a temperatura do hélio na entrada da turbina, (b) o coeficiente de performance do ciclo e (c) a entrada de potência líquida necessária para uma vazão mássica de 0,45 kg/s.

Passo 1

Oi pessoal, tudo bem?

Bem, para o problema de ciclo regenerativo de refrigeração a gás, podemos esboçar o diagrama T-s como:

Passo 2

Bem, inicialmente o problema pede a temperatura do hélio na entrada da turbina. Realizando um balanço de energia no regenerador, temos:

m ˙ h 3 - h 4 = m ˙ ( h 1 - h 6 )

Sabemos das relações isentrópicas que essa equação pode ser substituída por:

m ˙ c p T 3 - T 4 = m ˙ c p T 1 - T 6 → T 4 = T 3 - T 1 + T 6 = 20 - - 10 + - 25 → T 4 = 278   K

Passo 3

O COP do ciclo pode ser determinado por:

C O P = q L w = h 6 - h 5 h 2 - h 1 - h 4 - h 5

Como vimos no passo 2, aproveitando que a turbina e o compressor são isentrópicos, podemos ter a equação:

C O P = T 6 - T 5 T 2 - T 1 - T 4 - T 5     ( 1 )

Percebemos que, as temperaturas T 2   e   T 5 ainda não foram encontradas. Podemos então utilizar a relação isentrópica de temperatura, assim:

T 2 = T 1 P 2 P 1 k - 1 k  

Como o gás em questão é o Hélio, a partir da tabela A-2 pode ser encontrado seu respectivo calor específico à pressão constante c p e o k , que é a razão entre os calores específicos à pressão constante e à volume constante. Então, da tabela A-2:

k = 1,667   e   c p = 5,1926 K J k g K

Portanto, a temperatura T 2 :

T 2 = 263 300 100 1,667 - 1 1,667 → T 2 = 408,2   K  

Da mesma forma para T 5 :

T 5 = T 4 P 5 P 4 k - 1 k = 278 1 00 3 00 1,667 - 1 1,667 → T 5 = 179,1   K  

Portanto, substituindo os valores das temperaturas na equação 1, temos que:

C O P = 1,49

Passo 4

A entrada de potência líquida necessária é a diferença da potência consumida pelo compressor pela potência gerada pela turbina:

W ˙ = W ˙ c o m p - W ˙ t u r b = m ˙ [ h 2 - h 1 - ( h 4 - h 5 ) ]

Mais uma vez podemos lembrar que o compressor e a turbina são isentrópicos, então devemos dizer que:

W ˙ = m ˙ c p T 2 - T 1 - T 4 - T 5   → W ˙ = 108,2   K W  

Resposta

Portanto:

  1. T 4 = 278   K
  2. C O P = 1,49
  3. W ˙ = 108,2   K W
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