O que é o fator de manutenção em projetos luminotécnicos? Por que ele deve ser considerado na fase de dimensionamento da iluminação?
Passo 1
O enunciado pergunta o que é o fator de manutenção em projetos luminotécnicos e por que devemos levá-lo em conta na fase de dimensionamento da iluminação. O conteúdo aqui é conceito de fator de manutenção (ou fator de depreciação luminosa) e sua aplicação prática para garantir que, ao longo da vida útil, o nível de iluminância projetado seja realmente atendido.
Passo 2
O fator de manutenção é um coeficiente adimensional que expressa a perda de fluxo luminoso efetivo de um sistema de iluminação ao longo do tempo. Em outras palavras, ele indica a razão entre a iluminância disponível em um dado momento (após sujeira, envelhecimento de lâmpadas e componentes) e a iluminância inicial, imediatamente após a instalação.
Passo 3
Para calcular o fator de manutenção normalmente se decompõe em dois subfatores principais:
- o fator de depreciação de lâmpadas (Lumen Depreciation Factor), que considera a redução do fluxo luminoso da lâmpada conforme ela envelhece;
- o fator de sujeira (Luminaire Dirt Depreciation), que leva em conta o acúmulo de poeira e detritos nas lâmpadas e luminárias.
Multiplicando esses dois subfatores obtemos o fator de manutenção global do sistema.
Passo 4
Na fase de dimensionamento da iluminação devemos aplicar o fator de manutenção ao calcular o número de luminárias ou a potência necessária porque, sem ele, projetaríamos apenas o nível de iluminância inicial. Levar em conta as perdas garantirá que, mesmo ao fim do ciclo de manutenção recomendado, o ambiente ainda atenda às exigências normativas e de conforto visual, evitando iluminação insuficiente, retrabalhos caros ou consumo de energia exagerado.
Resposta
O fator de manutenção em projetos luminotécnicos é o coeficiente que quantifica a perda de fluxo luminoso ao longo do tempo devido ao envelhecimento das lâmpadas e ao acúmulo de sujeira nas luminárias. Ele deve ser considerado no dimensionamento para assegurar que, mesmo após degradações naturais, o nível de iluminância permaneça dentro dos padrões exigidos, garantindo eficiência, conforto e cumprimento das normas durante toda a vida útil do sistema.