Por que um indivíduo que apresenta insuficiência cardíaca tem aumento do volume sistólico final e diminuição do débito (volume) sistólico?

Passo 1

O enunciado pergunta por que, na insuficiência cardíaca, o volume sistólico final (ESV) aumenta e o débito sistólico (SV) diminui. O conteúdo aqui é fisiologia cardíaca: contratilidade miocárdica, curva de Frank–Starling e as definições de volumes ventriculares.

Passo 2

Definimos primeiro as grandezas principais:
SV = EDV - ESV
onde EDV é o volume diastólico final e ESV é o volume sistólico final.
O débito cardíaco DC é dado por
DC = SV \times FC
com FC frequência cardíaca.

Passo 3

Na insuficiência cardíaca há queda da contratilidade miocárdica (força de contração reduzida). Isso desloca para baixo a curva de Frank–Starling: para o mesmo EDV o ventrículo ejeta menos sangue. Em termos de fração de ejeção FE,
FE = \frac{SV}{EDV}
a redução de contratilidade provoca diminuição de FE, ou seja, menor quantidade de sangue ejetado a cada sístole.

Passo 4

Como a fração de ejeção cai, sobra mais sangue ao final da sístole, elevando o ESV. Pelo balanço volumétrico
SV = EDV - ESV,
um ESV maior reduz diretamente o SV e, consequentemente, o débito cardíaco DC cai.

Resposta

Devido à diminuição da contratilidade miocárdica, a fração de ejeção fica menor, sobrando mais sangue ao fim da sístole (aumento do ESV) e reduzindo o volume e o débito sistólico.

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