15-6 Explique como as cerâmicas podem ser classificadas de diferentes maneiras?

Passo 1

O enunciado pede para explicarmos as diversas formas de categorizar materiais cerâmicos. Esse é um tema de Ciência e Engenharia dos Materiais, em que veremos várias “chaves” de classificação — cada uma destacando um aspecto diferente das cerâmicas, como sua estrutura interna, composição química, processo de fabricação e campo de aplicação.

Passo 2

Classificação por estrutura cristalina
Dependendo de como os átomos ou íons se organizam, distinguimos:
– Cerâmicas cristalinas: apresentam redes ordenadas de átomos (por ex., zircônia, alumina).
– Vidros (cerâmicas amorfas): não têm ordem de longo alcance; são materiais vitrificados (por ex., vidro de sílica).

Passo 3

Classificação por composição química
Aqui separamos em:
– Cerâmicas óxidas: cujos constituintes principais são óxidos metálicos (A l2 O3, Si O2, Zr O2 etc.).
– Cerâmicas não-óxidas: incluem carbetos (SiC, TiC), nitretos (S i3 N4, AlN) e boretos ( B4C), que têm ligações mais covalentes.

Passo 4

Classificação por aplicação ou finalidade
– Cerâmicas tradicionais: feitas com matérias-primas abundantes (argilas, feldspatos); usadas em louças, tijolos e pisos.
– Cerâmicas técnicas (ou avançadas): desenvolvidas para propriedades específicas (alta dureza, resistência ao calor, condutividade elétrica ou piezoelétrica) e usadas em turbinas, sensores, implantes biomédicos etc.

Passo 5

Classificação por processo de fabricação e uso especializado
Podemos ainda agrupá-las conforme a técnica ou área de aplicação:
– Refratários: suportam altas temperaturas (tijolos de fundição, alúmen-calcário).
– Vitrocerâmicas: obtidas por nucleação controlada em vidros.
– Cerâmicas eletrônicas: dielétricas, piezoelétricas, supercondutoras.
– Biomateriais cerâmicos: biocerâmicas bioativas (hidroxiapatita) e biocompatíveis (óxidos).

Resposta

As cerâmicas podem ser classificadas de várias maneiras:
1. Por estrutura: cristalinas versus amorfas (vidros).
2. Por composição química: óxidas versus não-óxidas (carbetos, nitretos, boretos).
3. Por aplicação: tradicionais versus técnicas (avançadas).
4. Por processo e uso especializado: refratários, vitrocerâmicas, eletrônicas, biomateriais etc.

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