Por que a afinidade eletrônica do Br é menos exotérmica que a do Cl ?

Passo 1

O enunciado pede para entender por que a afinidade eletrônica do bromo é menos exotérmica que a do cloro. O conteúdo envolvido é a afinidade eletrônica e as tendências periódicas de atração do núcleo pelos elétrons adicionais em um átomo.

Passo 2

Afinidade eletrônica é a energia liberada quando um átomo isolado e gasoso ganha um elétron, formando um íon mono‐negativo. Quanto mais exotérmica for essa energia, maior é a atração que o núcleo exerce sobre o elétron que chega.

Passo 3

Na mesma família da tabela periódica (os halogênios), a afinidade eletrônica tende a diminuir (tornar-se menos exotérmica) à medida que descemos no grupo. Isso ocorre porque os átomos crescem de tamanho, e o elétron extra passa a se acomodar em orbitais mais afastados do núcleo.

Passo 4

Quando o átomo é maior (como o bromo comparado ao cloro), há mais camadas de elétrons entre o núcleo e a casca externa. Essas camadas intermediárias fazem blindagem (shielding) que reduz a carga nuclear efetiva sentida pelo elétron adicional. Além disso, orbitais mais difusos permitem maior repulsão entre elétrons, diminuindo a energia liberada na adição.

Resposta

A afinidade eletrônica do Br é menos exotérmica que a do Cl porque, no bromo, o elétron extra cai em uma camada mais distante, sofrendo maior blindagem pelas camadas internas e mais repulsão elétron-elétron, o que reduz a atração nuclear e, consequentemente, a energia liberada.

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