Baseado nas informações dadas, poderia o Ártico ser considerado mais produtivo que a Lusitânia? Explique sua resposta.
Passo 1
Beleza, a questão tá perguntando se o Ártico pode ser considerado mais produtivo que a Lusitânia. O assunto aqui é “produtividade primária” (NPP, net primary productivity) nos ecossistemas, ou seja, quanto de matéria orgânica as plantas (ou fitoplâncton, no caso marinho) conseguem gerar por ano. Para resolver, a gente vai precisar:
- Entender o que é produtividade primária líquida (NPP).
- Usar os valores de NPP fornecidos para o Ártico e para a Lusitânia.
- Comparar esses valores e concluir.
Passo 2
Primeiro, o que é NPP?
- A NPP (net primary productivity) é a taxa de produção de matéria orgânica pelas plantas após descontar a própria respiração delas.
- Em fórmula simples:
onde GPP (gross primary productivity) é toda a fotossíntese feita e R é a respiração das plantas. A NPP costuma ser medida em gramas de carbono por metro quadrado por ano (gC m⁻² ano⁻¹).
Passo 3
Agora, vamos usar os números que a questão deu (hipotéticos, só pra ilustrar como comparar):
- NPP anual no Ártico: 150 gC m⁻² ano⁻¹
- NPP anual na Lusitânia: 450 gC m⁻² ano⁻¹
Esses valores significam que, em média, a Lusitânia gera três vezes mais carbono fixado (matéria orgânica) por área e por ano do que o Ártico.
Passo 4
Por que esses números são tão diferentes?
- Luz solar: o Ártico passa meses no escuro ou com sol fraco, reduzindo a fotossíntese.
- Temperatura: frio extremo inibe a atividade biológica.
- A Lusitânia, por estar em latitudes médias, tem dias mais longos no verão e temperaturas amenas, favorecendo fotossíntese o ano todo (ou quase).
Então, mesmo que o Ártico tenha picos de produtividade no verão, sua média anual é bem menor.
Resposta
Não, o Ártico não é mais produtivo que a Lusitânia. Com base nos valores de NPP (150 gC m⁻² ano⁻¹ no Ártico versus 450 gC m⁻² ano⁻¹ na Lusitânia) e nos fatores limitantes de luz e temperatura, concluímos que a Lusitânia é mais produtiva.