Quais as condições exigidas para a adoção da medida de secionamento automático da alimentação do circuito?

Passo 1

Então, o enunciado pergunta “Quais as condições exigidas para a adoção da medida de seccionamento automático da alimentação do circuito?” – estamos na matéria de Proteção de Circuitos Elétricos (proteção e seccionamento automático). Para resolver, vamos precisar saber o que é seccionamento automático, como funcionam os dispositivos de proteção (disjuntores/relés) e quais requisitos técnicos (corrente de falta, coordenação, timer, topologia da rede, etc.) são exigidos.

Passo 2

Antes de mais nada, seccionamento automático é quando um dispositivo de proteção detecta uma falha (curto-circuito ou sobrecorrente) e abre (desarma) sozinho para isolar o trecho defeituoso, mantendo o resto da rede energizado. Para isso, precisamos garantir que esse disparo seja seletivo e não comprometa outras partes sem falha.

Passo 3

Listando as condições principais:
  1. Topologia radial ou parcialmente radial
    • A rede deve ter um único caminho de alimentação para cada seção, ou seja, não pode ter “loops” que confundam a identificação da falha.
    • Explicação: em rede radial, todo curto-circuito faz subir a corrente só naquele ramo, facilitando a detecção do trecho exato.
  2. Dispositivo de proteção com capacidade de interrupção adequada
    • O disjuntor ou relé automático precisa suportar a corrente máxima de falta esperada, ou seja, sua I<sub>cap</sub> > I<sub>falha-máx</sub>.
    • Em notação LaTeX: Ifau<,min >= k cdot Ipickup, .
    • Explicação: se o dispositivo não aguentar a corrente, ele pode não interromper totalmente ou até explodir.
  3. Coordenação de tempo e corrente (seletividade)
    • O tempo de atuação do disjuntor mais próximo da falha (t<sub>local</sub>) deve ser menor que o tempo do dispositivo “acima” dele (t<sub>upstream</sub>).
    • Em LaTeX: .
    • Explicação: assim só o disjuntor que está logo no trecho com defeito desarma, mantendo os demais circuitos em funcionamento.
  4. Nível mínimo de corrente de defeito
    • A falha tem que gerar corrente suficiente para ultrapassar o ajuste de pickup do relé/disjuntor. Geralmente exige-se: com de margem de segurança.
    • Explicação: se a corrente de falta for muito baixa, o disjuntor pode não perceber o defeito e deixar o circuito energizado em condições perigosas.
  5. Existência de fonte alternativa ou redundância (opcional em redes críticas)
    • Para manter o suprimento, muitas vezes se prevê alimentação de “backup” vindo por outro feeder.
    • Explicação: em caso de seccionamento automático, o trecho isolado pode ser reenergizado por outro lado da rede.

Resposta

As condições exigidas são:
  1. Topologia radial ou controlada (sem loops),
  2. Dispositivo de proteção com capacidade de interrupção superior à corrente de falta máxima ( ),
  3. Coordenação de tempo/corrente (seletividade: ),
  4. Corrente de falta mínima garantida acima do ajuste de pickup ( ),
  5. (Opcional) Fonte alternativa ou redundância para garantir continuidade de serviço.

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