Para o sistema FELV, alimentado por um TSS, em que seus elementos são isolados de outros circuitos, mas que tem um ponto aterrado; qual a medida recomendada, para a proteção supletiva desse circuito? Justifique.

Passo 1

Então, olha só o que a questão tá pedindo: temos um sistema FELV (Functional Extra Low Voltage) alimentado por um TSS (transformador de segurança), cujos enrolamentos e partes ativas são isolados de outros circuitos, mas um ponto desse circuito está aterrado. A matéria aqui é “medidas de proteção supletiva em instalações elétricas” (ABNT NBR 5410) e o que vamos precisar é entender como funciona um sistema TT (ponto de alimentação aterrado + massas também aterradas) e qual dispositivo a norma recomenda para garantir a desconexão em caso de falta à terra.

Passo 2

Identificando o sistema:
  • Como temos um ponto do TSS aterrado e as partes metálicas (massas) aterradas, isso se caracteriza como um sistema TT.
  • Num sistema TT, a corrente de falta à terra retorna pela resistência de terra, que costuma ser alta, fazendo com que o dispositivo de sobrecorrente (disjuntor/ fusível) não consiga desligar rápido o circuito.

Passo 3

Por que precisamos de proteção supletiva?
  • A “proteção supletiva” é aquela que entra em ação quando a proteção principal (disjuntor de sobrecorrente) não consegue garantir desligamento no tempo exigido.
  • Na NBR 5410 existem tempos máximos de desligamento (por exemplo, 0,4 s para circuitos até 32 A).
  • No TT, a impedância de terra é alta → corrente de falta baixa → disjuntor não desliga nesse tempo.

Passo 4

O dispositivo recomendado é o DR (dispositivo diferencial residual, também chamado RCD).
  • O DR mede continuamente a diferença entre as correntes de fase e neutro.
  • Se aparecer uma corrente de fuga à terra IDe, ele dispara.
  • A norma diz que, para proteção de pessoas, deve ser escolhido um DR com corrente nominal de disparo

Passo 5

Como justificativa final:
  • Num sistema TT a única forma prática de garantir desligamento rápido em falta à terra é usar o DR, pois ele atua por fuga de corrente e independe da impedância de terra.
  • Com , o tempo de disparo geralmente fica bem abaixo dos limites da norma, assegurando a proteção da pessoa contra choque elétrico.

Resposta

Instalar um dispositivo diferencial residual (DR/RCD) de sensibilidade para garantir a proteção supletiva do circuito FELV alimentado por TSS em sistema TT.

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