Defina conformação ou trabalho à frio, a morno e a quente.
Passo 1
Beleza, o exercício pede pra gente definir o que é trabalho (ou conformação) a frio, a morno e a quente. Isso cai na matéria de processos de conformação de metais, mais especificamente no estudo de como a temperatura afeta a forma de trabalhar o metal. Pra resolver, a gente vai usar o conceito de temperatura de recristalização (ou de fusão) do metal e entender em que faixa cada tipo de conformação acontece.
Passo 2
Conformação a frio
– Aqui o metal é trabalhado em temperaturas bem abaixo da sua temperatura de recristalização (ou abaixo de ~0,3·T<sub>r</sub>, onde T<sub>r</sub> é a temperatura de recristalização em kelvin).
– Como isso acontece em temperatura ambiente ou um pouco acima, o metal sofre encruamento (endurece) porque as deformações vão gerando discordâncias na sua estrutura cristalina.
– Vantagens: boa precisão geométrica e melhor acabamento de superfície; desvantagens: maior esforço de conformação e risco de trincas se a deformação for muito grande.
– Aqui o metal é trabalhado em temperaturas bem abaixo da sua temperatura de recristalização (ou abaixo de ~0,3·T<sub>r</sub>, onde T<sub>r</sub> é a temperatura de recristalização em kelvin).
– Como isso acontece em temperatura ambiente ou um pouco acima, o metal sofre encruamento (endurece) porque as deformações vão gerando discordâncias na sua estrutura cristalina.
– Vantagens: boa precisão geométrica e melhor acabamento de superfície; desvantagens: maior esforço de conformação e risco de trincas se a deformação for muito grande.
Passo 3
Conformação a quente
– Nesse caso, trabalhamos o metal acima da temperatura de recristalização (tipicamente T > 0,6·T<sub>f</sub>, onde T<sub>f</sub> é a temperatura de fusão em kelvin).
– Como a temperatura é alta, o metal recristaliza durante o processo: as discordâncias são eliminadas e o material não encrua tanto, facilitando grandes deformações.
– Vantagens: menor força de conformação, possibilidade de deformações grandes; desvantagens: menor precisão dimensional, acabamento mais bruto e maior oxidação.
– Nesse caso, trabalhamos o metal acima da temperatura de recristalização (tipicamente T > 0,6·T<sub>f</sub>, onde T<sub>f</sub> é a temperatura de fusão em kelvin).
– Como a temperatura é alta, o metal recristaliza durante o processo: as discordâncias são eliminadas e o material não encrua tanto, facilitando grandes deformações.
– Vantagens: menor força de conformação, possibilidade de deformações grandes; desvantagens: menor precisão dimensional, acabamento mais bruto e maior oxidação.
Passo 4
Conformação a morno
– Fica entre o frio e o quente, geralmente na faixa de 0,3·T<sub>r</sub> < T < 0,6·T<sub>f</sub>.
– Aqui já começa a ocorrer alguma recristalização, mas não tão intensa quanto no quente. Você ganha um meio-termo: menos encruamento que no frio (logo, esforços menores) e acabamento melhor que no quente.
– É um compromisso: reduz um pouco o esforço de conformação sem perder tanta precisão ou sofrer tanta oxidação.
– Fica entre o frio e o quente, geralmente na faixa de 0,3·T<sub>r</sub> < T < 0,6·T<sub>f</sub>.
– Aqui já começa a ocorrer alguma recristalização, mas não tão intensa quanto no quente. Você ganha um meio-termo: menos encruamento que no frio (logo, esforços menores) e acabamento melhor que no quente.
– É um compromisso: reduz um pouco o esforço de conformação sem perder tanta precisão ou sofrer tanta oxidação.
Resposta
Conformação a frio: deformação abaixo de 0,3·T<sub>r</sub> (temperatura de recristalização), com encruamento e melhor acabamento.
Conformação a morno: deformação entre 0,3·T<sub>r</sub> e 0,6·T<sub>f</sub>, com recristalização parcial e equilíbrio entre esforço e precisão.
Conformação a quente: deformação acima de 0,6·T<sub>f</sub>, com recristalização contínua, baixa força necessária, porém menor precisão e mais oxidação.
Conformação a morno: deformação entre 0,3·T<sub>r</sub> e 0,6·T<sub>f</sub>, com recristalização parcial e equilíbrio entre esforço e precisão.
Conformação a quente: deformação acima de 0,6·T<sub>f</sub>, com recristalização contínua, baixa força necessária, porém menor precisão e mais oxidação.