- Explique a estrutura da linguagem Ladder.
Passo 1
O enunciado pede para explicar a estrutura da linguagem Ladder, usada em CLPs (Controladores Lógicos Programáveis). Para isso vamos abordar seus principais componentes gráficos (trilhos, barras, rungs), como representam variáveis de entrada e saída, as conexões lógicas (série e paralelo), instruções especiais (temporizadores, contadores, blocos de função) e o modelo de execução por varredura (scan cycle).
Passo 2
A “linguagem Ladder” é desenhada como um circuito de relés virtual, com duas linhas verticais chamadas de trilhos ou barras de alimentação (power rails) e vários rungs (degraus) horizontais. Os trilhos simulam a alimentação positiva e negativa (ou neutra) de um sistema elétrico, enquanto cada rung corresponde a uma lógica de controle independente.
Passo 3
Dentro de cada rung colocam-se símbolos de contato e de bobina (coil).
- Contatos normalmente abertos (NO) ou normalmente fechados (NC) representam variáveis de entrada digitais (sensores, botões).
- Bobinas representam variáveis de saída (motores, válvulas, lâmpadas) ou flags internas.
Passo 4
A montagem dos contatos em série equivale a uma operação lógica E, pois todos os contatos devem estar “fechados” para que a bobina associda seja energizada. Já a montagem em paralelo equivale a um OU lógico, pois basta qualquer contato fechar para acionar a bobina.
Passo 5
Além de contatos e bobinas padrão, a linguagem Ladder dispõe de instruções especiais:
- Temporizadores (TON, TOF, retentivos) e contadores (CTU, CTD).
- Blocos de função (aritiméticos, PID, comunicação).
- Comandos de set/reset (latching) e comparação (igual, maior, menor).
Passo 6
O programa Ladder é executado cíclicamente (scan cycle). Em cada varredura o CLP faz:
- Leitura das entradas físicas.
- Avaliação de todos os rungs de cima para baixo e, dentro de cada rung, da esquerda para a direita.
- Escrita dos novos valores nas saídas.
Esse modelo garante determinismo e facilidade de diagnóstico.
Resposta
A linguagem Ladder estrutura-se em trilhos verticais de alimentação e vários rungs horizontais, onde se encaixam contatos (NO/NC) e bobinas para representar entradas e saídas digitais. Conexões em série e paralelo implementam, respectivamente, E e OU lógicos. Instruções especiais (temporizadores, contadores, blocos de função) ampliam a capacidade de controle. A execução ocorre em ciclo de varredura (scan), lendo entradas, avaliando rungs e atualizando saídas de forma determinística.