Explique por que, sob algumas circunstâncias, não é aconselhável soldar uma estrutura que seja fabricada a partir de uma liga de alumínio 3003.

Passo 1

Beleza, vamos lá: o enunciado pede pra explicar por que, em certas situações, não é bacana soldar uma estrutura feita com liga de alumínio 3003. Isso cai em “Propriedades de ligas de alumínio” e “Comportamento em soldagem”. Pra resolver, precisamos saber como essa liga é reforçada (mecanismo de endurecimento) e o que a solda faz com o calor numa região próxima (zona afetada pelo calor).

Passo 2

Primeiro, entenda a liga 3003: ela pertence à série 3xxx, que é reforçada só por deformação plástica (trabalho a frio). Não dá pra ficar mais forte com tratamento térmico, tipo têmpera. Ou seja, toda a resistência dela vem do encruamento (dobra, laminação etc.), que deixa a estrutura cristalina “tensionada” e mais dura.

Passo 3

Na soldagem, a gente aplica calor intenso. Isso faz a região ao redor do cordão de solda, chamada zona afetada pelo calor (ZAC), amolecer porque o metal recristaliza e perde o encruamento. Resumindo, onde antes tinha aquela “tensão interna” que deixava o metal resistente, agora virou material praticamente recozido, com dureza e resistência bem menores.

Passo 4

Além disso, o alumínio gosta de absorver hidrogênio quando derrete, gerando porosidade no cordão de solda. Na liga 3003 isso pode ficar ainda pior por causa do manganês e outras impurezas, que aumentam a chance de trincas a quente e poros.
E, se o ambiente for corrosivo, a ZAC sofrendo perda de resistência eletroquímica piora a corrosão localizada perto da solda.

Resposta

Não é aconselhável soldar estruturas de alumínio 3003 quando a resistência mecânica ou a integridade anticorrosiva forem críticas, porque o calor da solda recristaliza a região ao redor (ZAC), eliminando o encruamento que dava força à liga, além de favorecer porosidade e trincas no cordão.

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