Na operação de um contador Geiger, a amplitude do pulso de corrente é (a) proporcional à energia cinética da partícula que o produz, (b) proporcional ao número de partículas que entram no tubo para produzi-lo, (c) proporcional ao fator RBE do tipo da partícula que o produz ou (d) independente de todos esses fatores?

Passo 1

O enunciado pergunta sobre o que determina a amplitude do pulso de corrente em um contador Geiger– Müller. O conteúdo é detectores de radiação ionizante, mais especificamente o princípio de operação do tubo Geiger. Para responder, precisamos entender como a descarga em avalanche no gás do tubo produz um pulso de corrente.

Passo 2

O contador Geiger opera em uma região de alta tensão em que cada partícula ionizante que atravessa o gás inicia uma descarga em avalanche. Nessa descarga, qualquer processo de ionização inicial (seja um ou vários pares carga– anti– carga) é multiplicado pelos elétrons acelerados, levando a uma descarga praticamente total do campo local, até o circuito externo interromper e recompor a tensão.

Passo 3

Como a descarga entra em saturação, o ganho do tubo fica limitado pela geometria e pela capacitância do conjunto. Ou seja, uma única ionização é suficiente para disparar toda a descarga, e a corrente resultante alcança sempre o mesmo valor máximo determinado pelo projeto do detector (tensão, resistores limitadores, capacitância do tubo etc.).

Passo 4

Logo, em cada evento o pulso de corrente tem sempre a mesma amplitude, independentemente da energia cinética da partícula, do seu número inicial de íons ou de qualquer fator biológico (RBE). Isso faz do Geiger um contador apenas de eventos, sem informação de energia ou tipo de partícula.

Resposta

(d) independente de todos esses fatores.