1. É possível identificar uma substância inédita, utilizando apenas a espectroscopia de IV? Justifique.

Passo 1

O enunciado pergunta se, valendo-se apenas da espectroscopia de infravermelho (IV), é possível identificar uma substância totalmente inédita. O conteúdo aqui é o uso da técnica de IV para elucidar estruturas químicas; para responder precisamos saber o que o espectro de IV nos revela e quais são suas limitações.

Passo 2

A espectroscopia de IV baseia-se na absorção de radiação que excita modos vibracionais das ligações químicas. Cada grupo funcional (como carbonila, hidroxila, dupla ligação C=C etc.) apresenta faixas de absorção características em regiões definidas do espectro. Assim, a IV é excelente para identificar grupos funcionais e avaliar a presença de certas ligações na molécula.

Passo 3

Por outro lado, o espectro de IV não informa o peso molecular, nem a conectividade completa dos átomos, nem a disposição estereoquímica. A chamada “região de impressão digital” (entre cerca de 1400 e 400 c m^{-} ^{1}) é única para cada composto, mas só serve para comparação com espectros já conhecidos em banco de dados. Se a substância for de fato inédita, não há referência para essa comparação.

Passo 4

Para uma identificação completa de uma substância nova, é preciso saber massa molecular (por espectrometria de massa), esqueletos carbônicos e ligações (por RMN de ^{1}H e ^{13}C), além de detalhes geométricos. A IV entra como peça de confirmação de grupos funcionais, mas sozinha não basta para elucidar uma estrutura totalmente inédita.

Resposta

Não. A espectroscopia de IV permite reconhecer grupos funcionais e comparar “impressões digitais” com compostos já conhecidos, mas não fornece massa molecular nem conectividade completa, de modo que para identificar uma substância inédita é necessário recorrer também a técnicas complementares (RMN, EM, espectrometria de massa, entre outras).

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