Qual a relação entre o metabolismo do nitrogênio e fertilização com molibdênio?
Passo 1
O enunciado pergunta como a adubação com molibdênio se relaciona com o metabolismo do nitrogênio nas plantas. O conteúdo aqui é fisiologia vegetal, em especial a assimilação de nitrato e a fixação biológica de nitrogênio. Para resolver, precisamos entender que o molibdênio () atua como cofator de duas enzimas-chave: a nitrato redutase e a nitrogenase.
Passo 2
Ao absorver nitrogênio do solo, a planta toma-no principalmente na forma de nitrato (). A primeira etapa da assimilação é catalisada pela nitrato redutase, que usa o cofator molibdênio para reduzir nitrato a nitrito:
Sem quantidade suficiente de Mo, a atividade da nitrato redutase cai, o nitrato se acumula nos vacúolos e a planta apresenta clorose e baixo crescimento.
Passo 3
Após essa etapa, o nitrito é convertido em amônio pela nitrito redutase (enzima que não usa Mo), e então o amônio é assimilado via glutamina sintetase e GOGAT, formando aminoácidos. Se a etapa inicial limitada pela falta de Mo é lenta, toda a via de incorporação de N fica comprometida.
Passo 4
Em leguminosas e outras bactérias fixadoras, o molibdênio faz parte do FeMo-cofactor da nitrogenase, que reduz o nitrogênio molecular (N2) a amônia:
Sem Mo, a atividade da nitrogenase cai fortemente e a fixação simbiótica de N é ineficiente.
Passo 5
Portanto, a adubação com molibdênio corrige deficiências desse elemento no solo, restabelecendo a atividade ótima da nitrato redutase e da nitrogenase. Isso acelera a redução de NO3^-, melhora a assimilação de amônio em aminoácidos e, nas leguminosas, potencializa a fixação biológica de N2, elevando a eficácia do metabolismo do nitrogênio e a produtividade da planta.
Resposta
A adubação com molibdênio fornece o cofator essencial para as enzimas nitrato redutase e nitrogenase, garantindo a redução eficiente de NO3^- e de N2, o que melhora a assimilação e a fixação de nitrogênio pelas plantas.