Qual seria o comportamento cromatográfico de uma mistura de peptídeos PARANA (M.M. 598,66), MINASGERAIS (M.M. 1148,30) e SERGIPE (M.M. 786,84) sob as seguintes circunstâncias:
(b) Coluna de troca-iônica de ânions, eluente tampão fosfato 0,01 \mathrm{M} \mathrm{pH} 6,3.

Passo 1

O enunciado pergunta como se comportam três peptídeos na cromatografia de troca iônica de ânions usando como eluente tampão fosfato 0,01\,\mathrm{M} pH 6,3. O conteúdo é cromatografia de troca iônica e para resolver vamos usar o conceito de ponto isoelétrico \mathrm{pI} e carga líquida do peptídeo em função do pH.

Passo 2

Em troca iônica de ânions a fase estacionária é carregada positivamente e retém espécies com carga líquida negativa. A força de retenção cresce com o grau de negatividade da molécula. Já moléculas com carga líquida positiva não são retidas e saem no volume de eluição (void volume).

Passo 3

O sinal da carga líquida de cada peptídeo em pH 6,3 é dado pela comparação entre o pH do medio e seu \mathrm{pI}:
• Se \mathrm{pH} > \mathrm{pI}, a molécula está com carga líquida negativa (–) e será retida.
• Se \mathrm{pH} < \mathrm{pI}, a molécula está com carga líquida positiva (+) e não será retida.
• Se \mathrm{pH}\approx \mathrm{pI}, a molécula está praticamente neutra e terá retenção fraca ou intermediária.

Passo 4

Assumindo, para cada peptídeo, os valores típicos de \mathrm{pI} (obtidos experimentalmente ou por cálculo de resíduos):
• PARANA \mathrm{M.M.}=598,66: \mathrm{pI}\gtrsim6,3 ⇒ carga positiva ou neutra fraca ⇒ não se retém.
• SERGIPE \mathrm{M.M.}=786,84: \mathrm{pI}\approx6,3 ⇒ quase neutro ou ligeiramente negativo ⇒ retenção moderada.
• MINASGERAIS \mathrm{M.M.}=1148,30: \mathrm{pI}<6,3 ⇒ carga negativa bem pronunciada ⇒ retenção forte.

Resposta

Eluição na ordem:
PARANA (não retida, sai primeiro)
SERGIPE (retenção moderada, sai em seguida)
MINASGERAIS (retenção forte, sai por último)

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