Sobre Soleiras de controle dos NA’s:
44.10- Descreva as Soleiras “não Tradicionais” as " Tradicionais".

Passo 1

O enunciado pede para explicarmos o que são as soleiras de controle dos NA’s (por exemplo, alarmes ou atuadores em sistemas de automação) dividindo-as em “tradicionais” e “não tradicionais”. O conteúdo envolve técnicas de definição de limiares (\emph{thresholds}) para disparo de eventos num sistema de controle ou de alarmes.

Passo 2

Soleiras tradicionais
– São limites fixos determinados a priori pelo projetista ou operador.
– Normalmente há dois valores, um superior T_{\text{sup}} e um inferior T_{\text{inf}}, que definem uma banda de histerese \Delta H = T_{\text{sup}} - T_{\text{inf}}. Quando a variável medida x ultrapassa T_{\text{sup}}, dispara–se o alarme ou ação “alto”; quando x cai abaixo de T_{\text{inf}}, desliga–se ou gera–se o sinal “baixo”.
– Exemplos: detector de nível de água com contato de boia que fecha em 80 % T_{\text{sup}} e abre em 20 % T_{\text{inf}}; termostato on/off com temperatura de disparo fixa.
– Vantagens: simples de implementar, fácil de calibrar e de entender.
– Desvantagens: não acompanham mudanças de ponto de operação, podem gerar alarmes por ruído ou variações temporárias (falsos positivos).

Passo 3

Soleiras não tradicionais
– São limiares dinâmicos ou inteligentes, ajustados em tempo real segundo o comportamento do processo.
– Podem usar estatística (média móvel, desvio padrão), detecção de tendência (derivada \frac{dx}{dt}), lógica fuzzy ou modelos preditivos para definir um limite \tilde{T}(t) que varia conforme condições de operação.
– Exemplo de estatística: definir \tilde{T}(t) = \mu(t) + k\,\sigma(t), em que \mu(t) e \sigma(t) são média e desvio padrão de x num dado intervalo, e k é um fator de sensibilidade.
– Exemplo de lógica fuzzy: disparar alarme não só pelo valor absoluto, mas considerando graus de pertencimento a conjuntos como “muito baixo”, “baixo”, “alto”, “muito alto”.
– Vantagens: reduzem alarmes falsos, adaptam-se a mudanças de regime, podem antecipar falhas por padrão de tendência.
– Desvantagens: maior complexidade de implementação, necessidade de processamento extra e de ajuste de parâmetros estatísticos ou de regras fuzzy.

Passo 4

Comparação resumida
– Tradicionais = banda de histerese fixa \bigl[T_{\text{inf}},T_{\text{sup}}\bigr], sem autocorreção.
– Não tradicionais = limites adaptativos \tilde{T}(t) definidos por métodos estatísticos, de tendência ou inteligência artificial.

Resposta

As soleiras tradicionais usam limites fixos e histerese pré-definida, enquanto as não tradicionais empregam limiares que se ajustam automaticamente (via estatística, derivada, lógica fuzzy ou modelos preditivos) para reduzir falsos alarmes e acompanhar variações de processo.

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