1. Em termos gerais, onde você esperaria maior resistência à corrosão: em um aço inoxidável martensítico ou em um austenítico? Por quê?

Passo 1

O enunciado pergunta onde esperar maior resistência à corrosão: em um aço inoxidável martensítico ou em um austenítico. O conteúdo é metalurgia de aços inoxidáveis, envolvendo composição química e microestrutura que determinam a passivação.

Passo 2

Compare a composição típica de cada família. Martensíticos têm em geral cerca de \approx12\% de \mathrm{Cr}, baixo teor de \mathrm{Ni} (praticamente zero) e teor de \mathrm{C} mais alto (para permitir a têmpera e formação de martensita). Austeníticos têm tipicamente \approx18\% de \mathrm{Cr}, \approx8\% de \mathrm{Ni} e baixo teor de \mathrm{C}.

Passo 3

Explique como a passivação ocorre. A resistência à corrosão vem da camada passiva de óxido de cromo \mathrm{Cr}_2\mathrm{O}_3 que se forma na superfície. Quanto maior o teor de \mathrm{Cr} e mais estável o retículo cristalino austenítico, mais contínua e resistente é essa película. O \mathrm{Ni} presente nos austeníticos também melhora a ductilidade dessa camada e reduz a sensibilidade a esforços tensil-corrosivos.

Passo 4

Conclua comparando a microestrutura: a martensita é mais dura porém mais suscetível a corrosão sob tensão e tem menos \mathrm{Cr} efetivo na superfície. A austenita, graças ao maior \mathrm{Cr} e \mathrm{Ni}, forma película passiva mais estável e contínua.

Resposta

Eu esperaria maior resistência à corrosão em um aço inoxidável austenítico, pois ele tem teor mais elevado de \mathrm{Cr} e adição de \mathrm{Ni}, o que assegura uma camada passiva de \mathrm{Cr}_2\mathrm{O}_3 mais densa e resistente.

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