Como os tRNAs reconhecem os códons no mRNA?
Passo 1
O enunciado pergunta como os tRNAs reconhecem os códons no mRNA. O conteúdo envolve tradução de proteínas, pareamento de bases entre códon e anticódon, o papel das aminoacil-tRNA sintetases e o efeito wobble para garantir flexibilidade e fidelidade.
Passo 2
Cada tRNA traz no seu “loop” do anticódon três nucleotídeos que se alinham ao códon do mRNA no sítio A do ribossomo. Nos dois primeiros pares de bases o pareamento segue estritamente as regras de Watson–Crick, formando pontes de hidrogênio segundo
garantindo complementaridade exata desses dois primeiros nucleotídeos.
Passo 3
Antes de chegar ao ribossomo, cada tRNA é “carregado” com um aminoácido específico por uma enzima chamada aminoacil-tRNA sintetase. Essa enzima reconhece não só o anticódon, mas também outros elementos estruturais do tRNA, assegurando que o tRNA correto seja emparelhado com o aminoácido correspondente.
Passo 4
No terceiro nucleotídeo do anticódon (o primeiro do códon), há maior flexibilidade de pareamento—o chamado efeito wobble—que permite combinações não convencionais, por exemplo:
e quando o tRNA traz inosina
no wobble ele pode parear com
,
ou
. Isso reduz o número de tRNAs necessários sem comprometer a leitura correta.
Passo 5
Dentro do ribossomo há um mecanismo conformacional que verifica a fidedignidade do pareamento no sítio A. Se o pareamento não estiver correto, o tRNA é rejeitado antes da formação da ligação peptídica, aumentando ainda mais a precisão da tradução.
Resposta
Os tRNAs reconhecem os códons do mRNA por complementaridade entre códon (mRNA) e anticódon (tRNA) via pontes de hidrogênio, com pareamento estrito nos dois primeiros nucleotídeos e flexibilidade wobble no terceiro; a especificidade é assegurada pela aminoacil-tRNA sintetase que carrega cada tRNA com o aminoácido correto, e o ribossomo faz uma checagem final para rejeitar emparelhamentos incorretos.