- O algoritmo do pintor funciona bem com polígonos interpenetrantes? Justifique.
Passo 1
O enunciado pergunta se o algoritmo do pintor, usado em renderização de polígonos, funciona corretamente quando os polígonos se interpenetram. O conteúdo é computação gráfica e precisamos entender como o algoritmo ordena e pinta superfícies, bem como o que significa “polígonos interpenetrantes”.
Passo 2
O algoritmo do pintor procede assim: primeiro calcula uma medida de profundidade de cada polígono (por exemplo, a distância média ao observador), depois ordena os polígonos de maior profundidade para menor profundidade e, por fim, “pinta” cada polígono nessa ordem, cobrindo o que estiver atrás.
Passo 3
Quando dois polígonos não se interpenetram, há uma relação de “mais atrás” ou “mais à frente” bem definida, o que torna possível ordenar linearmente. Mas polígonos interpenetrantes se entrecruzam de modo que partes de um estão na frente de outro em algumas regiões e atrás em outras.
Passo 4
Em casos de interpenetração cíclica, por exemplo três polígonos
,
e
tais que
não existe ordenação única. Se tentarmos pintar numa ordem qualquer, sempre haverá regiões em que um polígono pintado antes é erroneamente coberto por outro.
Passo 5
Como não há uma relação de ordem total no caso de interpenetração, o algoritmo do pintor falha: ele não consegue decidir quem pintar primeiro sem produzir artefatos visuais.
Resposta
Não. O algoritmo do pintor não lida bem com polígonos interpenetrantes porque não existe uma ordem linear consistente de profundidade nesses casos, de modo que as regiões de sobreposição ficam incorretamente renderizadas.