Analise os complexos abaixo e classifique-os como lábil ou inerte, fornecendo uma razão para sua escolha.
Passo 1
Beleza, o exercício pede pra gente olhar o complexo
, descobrir se ele é lábil (ou seja, se troca os ligantes rapidinho) ou inerte (se troca devagarinho) e dar um motivo. O assunto aqui é cinética de substituição em química de coordenação: pra classificar, a gente vai precisar descobrir a configuração eletrônica do íon metálico e entender rapidinho como isso afeta a velocidade de troca de ligantes.
Passo 2
Primeiro, qual o estado de oxidação do Ni no complexo? Como cada NH
é ligante neutro, o Ni tem carga +2. Então é
.
Passo 3
Agora conta os elétrons de valência: Ni puro tem configuração
. Tirando 2 elétrons (o estado +2), fica com
;→;
. Ou seja, tem 8 elétrons no orbital d.
Passo 4
O complexo é octaédrico, pois são seis ligantes. Em campo de NH
(ligante de campo médio), a gente não forma necessariamente um arranjo “low spin” forte como em cianeto, mas mesmo em alta rotação (high spin) continua sendo d^8. Regra geral na cinética:
- Métodos de substituição mais lentos (inertes) aparecem em configurações eletrônicas muito estáveis eletronicamente, como d^3 e d^6 low spin.
- Configurações como d^8 high spin, d^9 ou d^10 tendem a ser lábeis porque não têm aquela estabilidade extra que dificulta a troca.
Passo 5
No nosso caso,
d^8 em campo de NH
não recebe estabilidade extra de emparelhamento forte. Então ele troca ligantes com facilidade, ou seja, é lábil.
Resposta
O complexo
é lábil, porque
tem configuração d^8 em campo de campo médio e não ganha estabilidade eletrônica extra que atrasaria a troca de ligantes.