Em que circunstâncias a amostragem é preferível a um censo?

Passo 1

Beleza, aqui a pergunta é “Em que circunstâncias a amostragem é preferível a um censo?” — isso é Estatística básica, mais especificamente sobre métodos de coleta de dados: censo versus amostragem. Pra resolver, a gente precisa entender o que cada um significa, quais as vantagens e desvantagens de cada abordagem e quando faz mais sentido usar amostra ao invés de entrevistar todo mundo (censo).

Passo 2

Antes de tudo, bora definir direitinho:
  • Censo: você tenta coletar informação de toda a população-alvo (o universo inteiro).
  • Amostragem: você seleciona uma parte representativa desse universo (a amostra) e infere as características da população a partir dela.
A teoria diz que, se a amostra for bem planejada, você consegue estimar médias, proporções e outros parâmetros da população sem precisar “bater de porta em porta” com todo mundo.

Passo 3

Agora, quais fatores pesam a favor da amostragem (e fazem um censo ficar “menos atraente”)?
  1. Custo
    • Censo costuma ser caríssimo: mais gente pra entrevistar, mais logística, mais horas de trabalho.
    • Amostragem reduz o número de entrevistas e, consequentemente, o custo total.
  2. Tempo
    • Fazer censo demora muito mais.
    • Se você precisa de resultados rápidos, amostrar é muito mais ágil.
  3. Viabilidade
    • Em populações muito grandes ou dispersas (por exemplo, todos os clientes de um banco nacional), às vezes nem é possível acessar todo mundo.
    • Amostragem contorna isso, pois trabalha com um grupo menor.
  4. Destrutividade da medição
    • Se a medição destrói o objeto (por exemplo, testar a resistência de lâmpadas até queimarem), fazer isso com todas não faz sentido—você ficaria sem lâmpadas no final.
    • Nesse caso, testa-se só uma amostra.
  5. Precisão desejada vs. custo
    • A teoria da amostragem mostra que, muitas vezes, chegando a um tamanho de amostra razoável (calculado por fórmulas como n approx z^2 p(1-p)E^2
      onde é o quantil da distribuição normal, é a proporção esperada e a margem de erro), você obtém precisão suficiente sem precisar do censo completo.
  6. Urgência e frequência
    • Se os dados precisam ser levantados várias vezes no ano (pense em pesquisas de opinião periódicas), censo ficaria inviável toda hora. Amostragem é prática e repetível.

Passo 4

Resumindo na prática:
  • População gigantesca ou muito dispersa? Prefere amostra.
  • Orçamento e prazo apertados? Amostra tende a ser a melhor escolha.
  • Medida destrutiva? Só dá pra avaliar uma parte.
  • Precisa só de uma margem de erro aceitável em vez da “verdade absoluta”? Amostra já resolve.

Resposta

A amostragem é preferível ao censo quando há restrições de custo, tempo ou viabilidade (população muito grande ou dispersa), quando a medição é destrutiva ou quando basta uma estimativa com margem de erro controlada (em pesquisas frequentes ou urgentes).

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