Descreva o modelo de Thomson para o átomo. Este modelo era capaz de explicar os espectros atômicos observados?

Passo 1

Beleza, vou resumir o que o exercício pede: “Descreva o modelo de Thomson para o átomo e diga se ele conseguia explicar os espectros atômicos observados.”
Matéria envolvida: modelos atômicos clássicos e um pouco de espectroscopia.
O que precisamos para resolver: entender como o modelo de Thomson imagina a estrutura do átomo e saber o que são espectros atômicos (linhas de cor que cada átomo emite ou absorve).

Passo 2

Vamos começar falando do modelo de Thomson, também chamado de “pudim de passas” (plum pudding):
  1. Thomson tinha descoberto o elétron em 1897, sabia que os átomos tinham cargas negativas (os elétrons).
  2. Para manter tudo estável, inventou a ideia de que o átomo era uma “bola” de carga positiva distribuída de forma uniforme.
  3. “Dentro” dessa bola positiva ficam os elétrons como passas espalhadas no pudim.
  4. A carga total positiva se iguala à soma das cargas negativas (dos elétrons), deixando o átomo eletricamente neutro.
    Na prática, não há órbitas nem quantização; os elétrons estão “mergulhados” num mar de carga positiva.

Passo 3

Agora, será que esse modelo explicava os espectros atômicos?
Espectro atômico: quando você excita elétrons num átomo (por calor ou eletricidade), eles saltam para níveis de energia mais altos e, ao voltar, emitem luz em cores bem definidas (linhas espectrais). A posição dessas linhas é discreta, e depende de diferenças de energia bem determinadas.
No modelo de Thomson:
– Não existem “níveis” de energia quantizados; é tudo uma esfera contínua.
– Não há mecânica de saltos de elétron entre estados fixos.
Logo, esse modelo clássico não consegue predizer nenhuma frequência de luz específica, apenas uma distribuição contínua de cargas. Então, não explica as linhas bem definidas que a gente vê nos espectros.

Resposta

O modelo de Thomson (pudim de passas) descreve o átomo como uma esfera de carga positiva com elétrons imersos nela, mas sem níveis de energia quantizados. Por isso ele não explica os espectros atômicos observados, que apresentam linhas discretas de emissão ou absorção e só podem ser entendidas com modelos que incluam saltos quânticos de elétrons, como o modelo de Bohr.

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