Como deve ser realizada o controle tecnológico do concreto usinado, conforme a ABNT NBR 7212/2012?

Passo 1

Beleza, então o enunciado pede “Como deve ser feito o controle tecnológico do concreto usinado, segundo a ABNT NBR 7212/2012”. O conteúdo aqui é controle de qualidade do concreto pronto (usinado) e vamos precisar entender:
  1. Quais ensaios e verificações a norma exige em cada etapa (matéria-prima, fresco e endurecido).
  2. Como registrar e documentar tudo isso.

Passo 2

Controle das matérias-primas
– A NBR 7212 pede que todo insumo (cimento, agregados, água e aditivos) seja analisado antes de usar.
• Agregados: fazem ensaio de granulometria, umidade e densidade aparente.
• Cimento: verificar a data de fabricação e certificado de conformidade; fazer ensaio de pasta normal (quando solicitado).
• Água potável ou com qualidade equivalente.
• Aditivos: só usar de fornecedores homologados e conferir dosagem no laudo.
Por quê? Porque a qualidade do concreto começa na matéria-prima.

Passo 3

Controle da dosagem e produção
– A norma obriga calibrar balanças e equipamentos periodicamente (no mínimo anual) e manter registro.
– Cada batelada (lote de concreto) precisa de Ficha de Produção com:
• Quantidade e identificação dos insumos;
• Hora e temperatura do concreto;
• Nome do operador e placa do caminhão-betoneira.
Isso garante rastreabilidade de cada mistura.

Passo 4

Controle do concreto fresco
Para cada batelada devem-se fazer, no mínimo, estes ensaios conforme a NBR:
  1. Slump (consistência): NBR 5848 – quantifica a fluidez.
  2. Temperatura: NBR 14702 – “temperatura do concreto” medida direto na betoneira.
  3. Teor de ar: NBR 12119 (quando especificado).
  4. Massa específica (quando solicitado)
    Frequência típica: a cada 1 m³ ou a cada batelada. Registra-se tudo na Ficha de Controle de Produção.

Passo 5

Controle do concreto endurecido
– Amostras (corpos de prova de 15×30 cm ou 10×20 cm) extraídas segundo NBR 7215.
– Cura: em câmara úmida ou submersão até o dia do ensaio.
– Ensaios de compressão: NBR 7215 e NBR 5739, normalmente aos 7 e 28 dias.
• Frequência mínima: 3 corpos de prova por traço/semana ou conforme projeto.
– Se falhar, investiga-se causa e repete-se lote.

Passo 6

Documentação e emissão de laudos
– Consolida todos os resultados (fresco e endurecido) em relatórios periódicos.
– Emite Certificado de Conformidade do Concreto Usinado (CCCU) para o cliente.
– Guarda fichas de produção e ensaios por, no mínimo, 5 anos.
Isso é exigido pela norma para comprovar a rastreabilidade e permitir auditorias.

Resposta

O controle tecnológico do concreto usinado, conforme ABNT NBR 7212/2012, passa por:
  1. Análise e certificação das matérias-primas;
  2. Calibração de equipamentos e ficha de produção a cada batelada;
  3. Ensaios no concreto fresco (slump, temperatura, ar, etc.);
  4. Ensaios no concreto endurecido (compressão a 7 e 28 dias, frequência mínima de corpos de prova);
  5. Emissão de laudo/certificado e arquivamento dos registros para garantir rastreabilidade e conformidade.

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