- Diante da notícia divulgada em um portal na internet, e citada abaixo:
Engenheiros da Prefeitura de Salvador detectaram que a prática de aliviar a bexiga fazendo xixi em pontos considerados discretos pela população masculina está colocando em risco a estrutura de pelo menos um viaduto e de cinco passarelas da capital baiana. Segundo a Superintendência de Conservação de Obras Públicas (Sucop), a acidez da urina infiltrou no concreto e expôs a armação de ferro dos pilares das construções.
responsável pela Sucop, disse que o reparo dos danos provocados pela urina na estrutura de um viaduto, na Avenida Vasco da Gama, entre os bairros de Brotas e da Federação, vai custar R$ 500 mil aos cofres públicos. “A urina do baiano é tão ácida que abalou a estrutura de um viaduto como esse. As pessoas precisam perder esse hábito de fazer xixi na rua.” Valadares informou que não sabe como a administração municipal vai trabalhar para conscientizar a população a deixar de urinar sob viadutos e passarelas. “A minha parte eu estou fazendo. Colocamos banheiros químicos nas obras de reparação dos danos.” Além do viaduto na Avenida Vasco da Gama, o superintendente informou que uma passarela, instalada na Avenida Centenário, também está com os pilares corroidos pelo xixi. “A urina é a principal causa da corrosão da armação de ferro dos pilares. Ela pode provocar a queda de toda a estrutura.” Equipes da Sucop devem iniciar os reparos em duas passarelas, na mesma Avenida Vasco da Gama, e em uma outra, na Avenida Tancredo Neves, ainda nesta semana. “A reforma no viaduto já começou há 45 dias, mas deve demorar mais tempo, pois estamos calçando toda a construção para trocar os pilares”, disse Valadares. Ele afirmou ainda que uma nova argamassa está sendo aplicada nos pilares para suportar a possível insistência do pedestre seguir aliviando a bexiga em praça pública. “Usaremos uma argamassa polimérica, que é mais resistente. Além disso, vamos pintar todos os pilares, de todos os viadutos e passarelas de Salvador, com tinta epóxi, que é mais resistente ao ácido da urina”, disse o superintendente.
a) Considerando a notícia acima, defina vida útil de projeto, justifique a vida útil de projeto mínima a ser utilizada e quando é atingido seu fim?
b)
água exerce importante influência nas propriedades dos materiais de construção porosos e a busca pelo controle da penetração de água nas construções vem sendo testadas a longo tempo, havendo registros de aplicações de óleos e ceras para proteção das rochas em templos Gregos e Romanos. Sendo assim, explique qual o processo de degradação que a água provoca no concreto.
Engenheiros da Prefeitura de Salvador detectaram que a prática de aliviar a bexiga fazendo xixi em pontos considerados discretos pela população masculina está colocando em risco a estrutura de pelo menos um viaduto e de cinco passarelas da capital baiana. Segundo a Superintendência de Conservação de Obras Públicas (Sucop), a acidez da urina infiltrou no concreto e expôs a armação de ferro dos pilares das construções.
a) Considerando a notícia acima, defina vida útil de projeto, justifique a vida útil de projeto mínima a ser utilizada e quando é atingido seu fim?
b)
Passo 1
O enunciado relata danos em viadutos e passarelas de Salvador por corrosão da armadura de concreto causada por agentes agressivos (urina) e pede:
a) definir vida útil de projeto, justificar a vida útil mínima e indicar quando ela termina;
b) explicar o processo de degradação que a água provoca no concreto.
a) definir vida útil de projeto, justificar a vida útil mínima e indicar quando ela termina;
b) explicar o processo de degradação que a água provoca no concreto.
Passo 2
Vida útil de projeto é o intervalo de tempo durante o qual uma estrutura, sob condições de uso e manutenção previstas, atende aos requisitos de segurança, funcionalidade e conforto sem necessidade de reparos que comprometam sua viabilidade econômico-técnica.
Passo 3
A justificativa da vida útil mínima apoia-se em normas de projeto de concreto armado (por ex. ABNT NBR 6118 e NBR 15575), que recomendam para estruturas de concreto uma vida útil de, pelo menos, 50 anos. Esse valor garante tempo suficiente para inspeções, manutenção preventiva e eventuais reparos antes que o desempenho fique abaixo do aceitável.
Passo 4
O fim da vida útil de projeto é atingido quando a estrutura não satisfaz mais os critérios de projeto (segurança estrutural, serviço útil, durabilidade) — por exemplo, quando a corrosão atinge tal grau que a capacidade resistente da armadura cai abaixo do mínimo exigido — ou quando o custo de reparo supera o benefício de manter a construção em operação.
Passo 5
A água degrada o concreto por vários mecanismos físico-químicos:
- Lixiviação (dissolução de
) e decalcificação do gel , aumentando porosidade e reduzindo resistência mecânica; - Ciclos molhagem-secagem que geram tensões de retração/expansão e causam microfissuras;
- Veículo para íons agressivos (
, sulfatos), favorecendo a corrosão eletroquímica da armadura.
Resposta
(a) Vida útil de projeto é o prazo em que a estrutura, sob uso e manutenção previstos, cumpre requisitos de segurança e serviço. Pela ABNT NBR 6118/NBR 15575, adota-se vida útil mínima de 50 anos. Ela termina quando a segurança ou funcionalidade fica abaixo do aceitável ou os custos de reparo tornam-se inviáveis.
(b) A água provoca lixiviação de
e decalcificação do gel
, aumentando a porosidade e reduzindo a resistência, combina ciclos molhagem-secagem que geram fissuras e serve de meio para íons agressivos induzirem corrosão da armadura.