Qual a diferença básica entre ligação covalente simples, coordenada e ligação iônica?

Passo 1

O enunciado pede para distinguir três tipos básicos de ligação química: ligação covalente simples, ligação covalente coordenada e ligação iônica. Para isso, vamos lembrar conceitos de compartilhamento e transferência de elétrons e de diferenças de eletronegatividade entre átomos.

Passo 2

Ligação covalente simples é o tipo em que dois átomos compartilham um par de elétrons, cada um contribuindo com um elétron. Isso ocorre quando a diferença de eletronegatividade entre eles é pequena, de modo que nenhum dos átomos atrai os elétrons com muito mais força que o outro. O resultado é uma região de densidade eletrônica entre núcleos, mantendo-os ligados.

Passo 3

Ligação covalente coordenada (ou dativa) também envolve compartilhamento de um par de elétrons, mas a diferença é que ambos os elétrons vêm de um mesmo átomo doador. O átomo receptor oferece orbital vazio para acomodar esse par. Após a formação, a ligação coordenada é indistinguível da covalente comum em termos de comprimento e energia de ligação.

Passo 4

Ligação iônica ocorre quando a diferença de eletronegatividade entre dois átomos é grande. Um átomo “rouba” um ou mais elétrons do outro, formando um cátion (perde elétron) e um ânion (ganha elétron). A atração eletrostática entre cargas opostas mantém os íons juntos em um retículo cristalino, sem compartilhamento de pares de elétrons.

Passo 5

Comparando os três casos temos:
  • Em covalente simples há compartilhamento equilibrado (1 elétron de cada átomo).
  • Em covalente coordenada há compartilhamento desigual de um mesmo par (2 elétrons do mesmo átomo).
  • Em iônica não há compartilhamento: há transferência completa de elétrons e atração eletrostática entre íons.

Resposta

A diferença básica é que na ligação covalente simples cada átomo doa um elétron para formar o par ligado, na coordenada ambos os elétrons do par vêm de um único átomo, e na ligação iônica um átomo transfere elétrons completamente para outro, gerando íons unidos por atração eletrostática.

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