No estudo de estruturas de materiais, como pode ser determida se a estrutura se trata de um mineral?
Passo 1
Beleza, o enunciado diz: “No estudo de estruturas de materiais, como posso determinar se uma dada estrutura se trata de um mineral?”
Conteúdo: Mineralogia / Cristalografia em Materiais.
O que vamos precisar:
Conteúdo: Mineralogia / Cristalografia em Materiais.
O que vamos precisar:
- Saber a definição de mineral (teoria)
- Conhecer as técnicas pra checar composição química e arranjo atômico (prática)
Passo 2
Primeiro, o que é um mineral?
Um mineral, pela definição clássica, deve satisfazer cinco requisitos:
Um mineral, pela definição clássica, deve satisfazer cinco requisitos:
- ser naturalmente existente
- ser sólido à temperatura ambiente
- ser inorgânico (não é produto de seres vivos)
- ter composição química bem definida (ou um intervalo estreito dela)
- possuir arranjo interno ordenado (estrutura cristalina)
Vou detalhar cada um:
– “Naturalmente existente” significa que ele não pode ser fabricado em laboratório; tem de ser achado na natureza.
– “Sólido” não vale líquido ou gasoso.
– “Inorgânico” exclui polímeros orgânicos, restos de plantas, etc.
– “Composição química definida” quer dizer fórmulas como SiO₂, Fe₂O₃, mas com pouca tolerância pra impurezas.
– “Arranjo cristalino” é quando os átomos se repetem num padrão regular; é o que dá faces bem definidas aos cristais.
– “Naturalmente existente” significa que ele não pode ser fabricado em laboratório; tem de ser achado na natureza.
– “Sólido” não vale líquido ou gasoso.
– “Inorgânico” exclui polímeros orgânicos, restos de plantas, etc.
– “Composição química definida” quer dizer fórmulas como SiO₂, Fe₂O₃, mas com pouca tolerância pra impurezas.
– “Arranjo cristalino” é quando os átomos se repetem num padrão regular; é o que dá faces bem definidas aos cristais.
Passo 3
Agora, como confirmar isso na prática? Vamos usar duas linhas de técnica:
a) Análise química
a) Análise química
- Técnicas como XRF (fluorescência de raios-X) ou EDS (espectroscopia de energia em MEV) nos dão os % de cada elemento.
- Aí você compara com a fórmula esperada e vê se bate (ex.: se deu 46,7 % O e 53,3 % Si → tá bem perto de SiO₂).
b) Caracterização da estrutura cristalina
- Aqui rola Difração de Raios-X (DRX). Você dispara raios-X no pózinho do material e mede os “picos” de intensidade em função do ângulo θ.
- A Lei de Bragg explica esses picos:
onde
• λ é o comprimento de onda do raio-X,
• d é o espaçamento entre planos cristalinos,
• n é um inteiro (1,2,3…).
- Comparando os picos (os valores de θ) com bancos de dados, você diz: “isso é quartzo”, “isso é halita” etc.
- Se não tiver picos definidos (só um “fundo” liso), é amorfo, não é mineral cristalino.
Passo 4
E pra fechar: basta checar se todos os cinco requisitos da definição de mineral foram atendidos com ajuda das análises química e estrutural.
– Se for natural, sólido e inorgânico → OK.
– Se a fórmula sair direitinho dentro de um intervalo estreito → OK.
– Se o DRX mostrar picos bem definidos que batem com um padrão cristalino conhecido → OK.
– Se for natural, sólido e inorgânico → OK.
– Se a fórmula sair direitinho dentro de um intervalo estreito → OK.
– Se o DRX mostrar picos bem definidos que batem com um padrão cristalino conhecido → OK.
Resposta
Para determinar se uma estrutura é um mineral, siga estes passos:
- Verifique que o material é natural, sólido e inorgânico.
- Use análise química (XRF/EDS) pra confirmar a composição química definida.
- Faça difração de raios-X e aplique a Lei de Bragg (
) para comprovar que há arranjo atômico ordenado.
Se todas essas condições forem satisfeitas, você tem um mineral.