Que evidências experimentais levaram Rutherford às seguintes conclusões?
© O átomo consiste na sua maior parte de espaço vazio.
© O átomo consiste na sua maior parte de espaço vazio.
Passo 1
Beleza, o enunciado pede para explicar qual foi a evidência experimental que levou Rutherford a concluir que “o átomo consiste na sua maior parte de espaço vazio”. O conteúdo aqui é o experimento de espalhamento de partículas α sobre uma lâmina fina de ouro e o modelo atômico nuclear. Vamos precisar entender o que Rutherford observou no detector ao redor da lâmina e como ele interpretou esses dados.
Passo 2
Rutherford disparou partículas α (que são núcleos de hélio, carregados positivamente) contra uma lâmina ultrafina de ouro. Em volta dessa lâmina havia uma tela fluorescente capaz de registrar onde cada partícula α atingia. O que ele esperava, segundo o modelo “pudim de passas” de Thomson, era que as cargas positivas estivessem espalhadas uniformemente pelo átomo, então as α sofreriam apenas desvios bem pequenos ao passar por ali.
Passo 3
Na prática, Rutherford viu três coisas principais:
- A maioria esmagadora das partículas α atravessou a lâmina e saiu praticamente sem desvio.
- Algumas sofreram desvios moderados (ângulos de alguns graus).
- Uma fração muito pequena (da ordem de 1 a cada 10.000) foi desviada em ângulos grandes, chegando até a voltar para trás (> 90°).
Passo 4
Para entender por que isso mostra que o átomo é “quase todo vazio”, pensa assim:
- Se fosse tudo uma pastinha carregada, as α teriam de interagir o tempo todo e seriam desviadas com frequência e em ângulos médios.
- Mas elas só “toparam” com algo denso e muito carregado em pouquíssimos casos (caso 3), e na maior parte do tempo passaram direto (caso 1).
Isso significa que dentro do átomo só existe algo “sólido” (o núcleo) num espaço minúsculo, e o resto – cerca de 99,99% do volume – é praticamente vácuo por onde elas passam tranquilamente.
Resposta
A evidência foi o fato de que quase todas as partículas α atravessavam a lâmina sem desvio significativo, indicando que não havia praticamente nada para desviar nelas – só um núcleo minúsculo concentrando toda a carga positiva, e o restante do átomo sendo espaço vazio.