Exercício 4: Relacione biocompatibilidade com a biofuncionalidade de um pino dentário.
Passo 1
O enunciado pede para relacionar dois conceitos-chave de biomateriais em odontologia: a biocompatibilidade e a biofuncionalidade de um pino dentário. Para resolver, primeiro vamos definir cada termo no contexto de um pino intrarradicular e depois mostrar como um depende do outro.
Passo 2
Biocompatibilidade é a capacidade do material do pino de conviver harmoniosamente com os tecidos dentários e periapicais, sem causar reações adversas. Isso envolve:
- Ausência de toxicidade ou citotoxicidade para células da polpa e do ligamento periodontal.
- Resposta inflamatória mínima ou controlada.
- Estabilidade química (sem corrosão) e liberação controlada de substâncias.
Passo 3
Biofuncionalidade é o desempenho prático do pino na restauração do dente, ou seja:
- Retenção mecânica dentro do canal radicular.
- Distribuição adequada das tensões mastigatórias ao longo da raiz.
- Adesão estável ao cimento resinoso e à dentina.
- Preservação da integridade do remanescente coronário e radicular.
Passo 4
Para que um pino dentário seja realmente funcional (biofuncional), ele precisa primeiro ser aceito pelo organismo (biocompatível). Se o material desencadear inflamação ou toxicidade:
- Haverá reabsorção radicular ou perda de adesão ao cimento, comprometendo retenção.
- A inflamação crônica pode enfraquecer o ligamento periodontal e alterar a distribuição de forças, levando a fraturas.
Portanto, a biocompatibilidade garante a manutenção de tecidos saudáveis, o que permite a biofuncionalidade ideal em longo prazo.
Resposta
Um pino dentário só alcança sua biofuncionalidade – retenção estável, distribuição correta de tensões e durabilidade – se for biocompatível, pois a ausência de reações adversas nos tecidos periapicais e na dentina é condição fundamental para que o material exerça sua função mecânica de forma duradoura e segura.