Explique a diferença entre a visão de computador como máquina de ensinar e a visão de computador como ferramenta educacional de auxilio ao ensino.
Passo 1
O enunciado pede para distinguir duas maneiras de usar o computador no processo de ensino: (a) como “máquina de ensinar” e (b) como “ferramenta educacional de auxílio ao ensino”. O conteúdo aqui é fundamentação teórica em tecnologia educacional, envolvendo ideias de behaviorismo e construtivismo. Vamos resumir cada visão e depois compará-las.
Passo 2
Na visão do computador como máquina de ensinar, inspirada no behaviorismo de Skinner, o software:
– é estruturado como um programa autoritário que apresenta conteúdos em módulos rígidos;
– conduz o aluno por uma sequência de exercícios do tipo “drill and practice” (repetição);
– fornece reforços imediatos (feedback de certo/errado) e premia acertos;
– assume que a aprendizagem ocorre por condicionamento e acúmulo de respostas corretas;
– tem pouca flexibilidade para adaptação a diferentes estilos ou interesses do aluno.
– é estruturado como um programa autoritário que apresenta conteúdos em módulos rígidos;
– conduz o aluno por uma sequência de exercícios do tipo “drill and practice” (repetição);
– fornece reforços imediatos (feedback de certo/errado) e premia acertos;
– assume que a aprendizagem ocorre por condicionamento e acúmulo de respostas corretas;
– tem pouca flexibilidade para adaptação a diferentes estilos ou interesses do aluno.
Passo 3
Na visão do computador como ferramenta educacional de auxílio ao ensino, mais alinhada ao construtivismo:
– o computador serve como ambiente interativo para explorar ideias (simulações, modelagem, ambiente de programação);
– o papel do professor e do próprio aluno é central: o software apoia, mas não substitui a mediação humana;
– há ênfase em projetos, resolução de problemas e construção ativa do conhecimento;
– o aluno pode controlar o ritmo, experimentar hipóteses e visualizar resultados complexos;
– o feedback é mais aberto e qualitativo, podendo envolver gráficos, animações e relatórios.
– o computador serve como ambiente interativo para explorar ideias (simulações, modelagem, ambiente de programação);
– o papel do professor e do próprio aluno é central: o software apoia, mas não substitui a mediação humana;
– há ênfase em projetos, resolução de problemas e construção ativa do conhecimento;
– o aluno pode controlar o ritmo, experimentar hipóteses e visualizar resultados complexos;
– o feedback é mais aberto e qualitativo, podendo envolver gráficos, animações e relatórios.
Passo 4
Comparando as duas visões, destacam-se:
– Papel do computador: na máquina de ensinar, ele é o “instrutor”; como ferramenta, é um “recurso” de apoio.
– Interatividade: limitada e linear na máquina de ensinar; aberta e exploratória na ferramenta.
– Autonomia do aluno: praticamente nula na máquina de ensinar; muito maior na ferramenta.
– Função do professor: substituído ou secundarizado pela máquina de ensinar; protagonista e mediador na ferramenta.
– Papel do computador: na máquina de ensinar, ele é o “instrutor”; como ferramenta, é um “recurso” de apoio.
– Interatividade: limitada e linear na máquina de ensinar; aberta e exploratória na ferramenta.
– Autonomia do aluno: praticamente nula na máquina de ensinar; muito maior na ferramenta.
– Função do professor: substituído ou secundarizado pela máquina de ensinar; protagonista e mediador na ferramenta.
Passo 5
Na prática, um software de idiomas que aplica centenas de exercícios de tradução com correção automática exemplifica a máquina de ensinar. Já um laboratório virtual de física onde o aluno monta circuitos, mede tensões e reflete sobre resultados ilustra a ferramenta de auxílio ao ensino, pois exige decisão, interpretação e orientação do professor.
Resposta
A visão de computador como máquina de ensinar trata o software como instrutor autoritário: sequências fixas de exercícios, feedback imediato de certo/errado e pouca autonomia do aluno. Já a visão de computador como ferramenta educacional de auxílio ao ensino enxerga o software como um ambiente de apoio flexível, interativo e exploratório, em que o aluno e o professor mantêm papéis centrais na construção do conhecimento.