Explique o que são os objetivos finais, as metas intermediárias e as metas operacionais da política monetária. Explique também como essas três variáveis são definidas no Brasil e quem as determina.

Passo 1

Beleza, o exercício quer que a gente explique três camadas de “alvos” da política monetária – os objetivos finais, as metas intermediárias e as metas operacionais – e depois mostre como cada uma é definida aqui no Brasil e por quem. O assunto é política monetária (macroeconomia) e, pra isso, a gente vai precisar entender:
  1. o que cada tipo de alvo significa na teoria;
  2. quem, na prática, define isso no sistema brasileiro (CMN, Copom, etc.).

Passo 2

Objetivos finais
– Na teoria de política monetária, “objetivos finais” são os resultados que a gente quer atingir na economia, tipo manter a inflação estável ou garantir emprego.
– Esses objetivos são o destino da política: não dá pra controlá-los diretamente dia a dia, mas a gente mede o progresso olhando outras variáveis.
– Os dois grandes objetivos finais clássicos são:
  1. estabilidade de preços (controle da inflação)
  2. crescimento sustentável (ou pleno emprego).

Passo 3

Metas intermediárias
– Como não dá pra mirar direto no resultado final, a gente define metas em variáveis que têm correlação forte com o objetivo final.
– Essas “metas intermediárias” são a ponte entre o grande objetivo e a mão na massa do dia a dia.
– Exemplos comuns: agregados monetários (M1, M2), taxa de câmbio, ou – no regime de metas de inflação – a própria inflação projetada.
– A lógica: se você controla bem a variável intermediária, ela vai empurrar a economia na direção certa do objetivo final.

Passo 4

Metas operacionais
– Aí entram os instrumentos que o banco central mexe diariamente pra atingir a meta intermediária.
– Essas metas operacionais são as taxas de juros de curto prazo (como a taxa overnight), ou o volume de reservas bancárias.
– No dia a dia, o BC usa operações de mercado aberto, depósitos compulsórios e redesconto para ajustar essas variáveis operacionais.

Passo 5

Como isso funciona no Brasil e quem determina
  1. Objetivo final no Brasil
    – É a estabilidade de preços, definida constitucionalmente e na Lei Complementar do BC.
    – Formalmente, o Conselho Monetário Nacional (CMN) define a meta de inflação anual, com banda de tolerância (por exemplo, meta de 3,5% ± 1,5%).
  2. Meta intermediária no regime brasileiro
    – No Brasil, adotamos o regime de metas de inflação: a inflação projetada (IPCA) é a nossa meta intermediária, porque ela reflete o comportamento dos preços.
    – Essa meta também é fixada anualmente pelo CMN, em conjunto com o Ministério da Economia.
  3. Meta operacional
    – É a taxa Selic (taxa básica de juros overnight).
    – Quem define a meta para a Selic é o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil, que se reúne a cada 45 dias.
    – No dia a dia, o BC usa operações de mercado aberto (compra e venda de títulos) para manter a Selic efetiva o mais próximo possível da meta.

Resposta

Objetivos finais são os resultados que a política monetária quer alcançar (basicamente estabilidade de preços e crescimento); metas intermediárias são as variáveis de transição que têm forte correlação com esses objetivos (no Brasil, a inflação projetada, IPCA); e metas operacionais são os instrumentos que o BC controla diariamente (a taxa Selic). No nosso caso, o CMN define a meta anual de inflação, e o Copom do Banco Central define e implementa a meta da Selic para atingir aquele objetivo de inflação.

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