Faça a distinção entre ligações primárias e secundárias e descreva três exemplos de ligações secundárias.
Passo 1
O enunciado pede para distinguirmos ligações primárias e secundárias e, em seguida, apresentarmos três exemplos de ligações secundárias. O conteúdo é química geral (ligações químicas). Para resolver, precisamos definir cada tipo de ligação e depois ilustrar três casos típicos de ligações secundárias.
Passo 2
Ligações primárias são as forças que mantêm átomos unidos dentro de uma mesma molécula ou cristal, resultando de compartilhamento ou transferência de elétrons e envolvendo altos valores de energia de ligação (em geral dezenas a centenas de kJ/mol). Exemplos clássicos de ligações primárias:
1. Ligação covalente – compartilhamento de pares de elétrons entre átomos (por ex., ,
).
2. Ligação iônica – atração eletrostática entre íons de cargas opostas (por ex., em
).
3. Ligação metálica – mar de elétrons deslocalizados envolvendo íons metálicos positivos (por ex., redes de ,
).
1. Ligação covalente – compartilhamento de pares de elétrons entre átomos (por ex.,
2. Ligação iônica – atração eletrostática entre íons de cargas opostas (por ex.,
3. Ligação metálica – mar de elétrons deslocalizados envolvendo íons metálicos positivos (por ex., redes de
Passo 3
Ligações secundárias são interações intermoleculares relativamente fracas (tipicamente
kJ/mol), responsáveis por propriedades como ponto de ebulição, solubilidade e viscosidade. Elas não envolvem formação ou quebra de ligações covalentes, mas sim forças de atração eletrostática entre moléculas ou partes delas.
Passo 4
Exemplo 1 – forças de dispersão de London (ou induzidas-induzidas):
Essas forças ocorrem em todas as moléculas, mesmo apolares, devido a flutuações momentâneas na distribuição eletrônica que criam dipolos instantâneos. A atração resultante varia com a polarizabilidade e cresce com o tamanho da molécula.
Essas forças ocorrem em todas as moléculas, mesmo apolares, devido a flutuações momentâneas na distribuição eletrônica que criam dipolos instantâneos. A atração resultante varia com a polarizabilidade e cresce com o tamanho da molécula.
Passo 5
Exemplo 2 – forças dipolo–dipolo:
Ocorrem entre moléculas permanentemente polares, que possuem extremos parciais de carga ( ,
). Por exemplo, em moléculas de cloreto de hidrogênio, cada
interage via atração entre
do H de uma e
do Cl de outra.
Ocorrem entre moléculas permanentemente polares, que possuem extremos parciais de carga (
Passo 6
Exemplo 3 – ligação de hidrogênio:
É um caso especial de dipolo–dipolo, mais forte (cerca de 10–40 kJ/mol), que ocorre quando H ligado a ,
ou
interage com um par isolado de outra molécula. Um exemplo clássico é a auto-ligação de água:
É um caso especial de dipolo–dipolo, mais forte (cerca de 10–40 kJ/mol), que ocorre quando H ligado a
Resposta
Ligações primárias unificam átomos dentro de moléculas ou redes cristalinas via covalente, iônica ou metálica (altas energias). Ligações secundárias são interações intermoleculares fracas. Três exemplos de secundárias:
1. Forças de dispersão de London
2. Forças dipolo–dipolo
3. Ligações de hidrogênio
1. Forças de dispersão de London
2. Forças dipolo–dipolo
3. Ligações de hidrogênio