Qual a influencia das duplas ligações e dos grupos laterais pesados na flexibilidade da cadeia polimérica?

Passo 1

Beleza, a pergunta é: “Qual a influência das duplas ligações e dos grupos laterais pesados na flexibilidade da cadeia polimérica?”
Conteúdo: estrutura e flexibilidade de polímeros.
O que vamos precisar:
  1. Entender o que é flexibilidade de cadeia (rotação em ligações químicas).
  2. Saber a diferença entre ligações sigma (σ) e pi (π).
  3. Ver como grupos volumosos atrapalham rotações (efeito estérico).

Passo 2

Primeiro, flexibilidade de uma cadeia polimérica é a capacidade dos “elos” (ligações químicas) de girar livremente.
– Ligações simples C–C são ligações σ, que permitem quase livre rotação em torno do eixo da ligação.
– Ligações duplas C=C envolvem uma σ e uma π; a π é um par de nuvens eletrônicas em cima e embaixo do plano, e isso “trava” a rotação.

Passo 3

Então, quando você tem uma dupla ligação na cadeia:
  1. A rotação em torno desse C=C fica praticamente proibida, porque quebrar a π daria muita energia.
  2. A cadeia fica mais “rígida” naquele trecho, perdendo conformações possíveis.
    Resultado: menor flexibilidade global, aumento da temperatura de transição vítrea (Tg), resistência mecânica maior.

Passo 4

Agora, grupos laterais pesados (tipo fenila, t-butila, cadeias grandes etc.):
  1. Eles ocupam muito espaço ao redor do esqueleto principal.
  2. Quando uma parte da cadeia tenta girar, esbarra nesses grupos volumosos (efeito estérico).
  3. Isso aumenta as barreiras de rotação em ligações simples adjacentes, reduzindo o número de conformações acessíveis.

Resposta

Tanto as duplas ligações (que impedem totalmente a rotação) quanto os grupos laterais grandes (que criam bloqueio estérico) diminuem a flexibilidade da cadeia polimérica, tornando-a mais rígida e elevando parâmetros como a Tg.

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