Marque V ou Falso. E quando Falso conserte a questão.
( ) A potenciometria é um método eletroanalítico baseado na medida de potencial de uma célula eletroquímica na ausência de corrente.
( ) Uma medida potenciométrica direta é feita pelo registro da curva de titulação entre um titulado e um titulante.
( ) O eletrodo de cobre é um exemplo de eletrodo íon seletivo
( ) Os eletrodos indicadores de membrana são divididos de acordo com a composição da membrana.
( ) A solução interna do eletrodo de vidro combinado (em modelos comuns) é o HCl 0,1 mol cdot L^- ^1.
( ) Um procedimento comum na manutenção do eletrodo de vidro é a limpeza com solução de HF.
( ) Os medidores de pH podem tanto ser utilizados para medidas de pH quanto como bastão de vidro.
( ) Para determinar o pH de uma solução com um eletrodo de vidro nunca há a necessidade de utilizar qualquer tipo de junção ou ponte salina.
( ) O sistema de detecção do método potenciométrico é composto de fonte, monocromador, detetor e registrador.
( ) Pode-se determinar qualitativamente a presença de um cátion em solução em potenciometria, desde que se disponha do eletrodo seletivo adequado.
( ) O potencial dos eletrodos indicadores não deve variar durante as medições e deve ser indiferente à variação de concentração do analito.
( ) A principal função da junção nos eletrodos é permitir a saturação da solução interna pelo contato com a solução externa.
( ) A necessidade do eletrodo de dupla junção aparece quando temos que medir uma solução que contém íons cloreto. A dupla junção deve conter íons Ag^+de forma a evitar os problemas de precipitação que poderiam ocorrer.
( ) A equação de Nernst estabelece uma relação linear entre a diferença de potencial de uma pilha e a razão entre as atividades de produtos e reagentes envolvidos num processo de oxirredução.

Passo 1

Beleza, o exercício é um “V ou F” sobre potenciometria e eletrodos: a gente vai marcar quais afirmações estão certas ou erradas e, quando for falso, corrigir dizendo o que deveria ser. O conteúdo principal é eletroquímica: potenciais de eletrodos (indicador e referência), eletrodos de vidro, membranas, junções, eletrodos iônicos seletivos e a famosa equação de Nernst. Pra resolver, vamos revisitar cada conceito do zero, sem pular etapas.

Passo 2

Analisando as afirmativas 1 a 4:
  1. “A potenciometria é um método eletroanalítico baseado na medida de potencial de uma célula eletroquímica na ausência de corrente.”
    Isso é clássico: em potenciometria você mede o potencial (diferença de voltagem) entre eletrodos, sem fazer passar corrente.
    Resposta: Verdadeiro.
  2. “Uma medida potenciométrica direta é feita pelo registro da curva de titulação entre um titulado e um titulante.”
    Na real, isso descreve uma titulação potenciométrica (indireta). A medida direta é só mergulhar eletrodos na amostra e ler o potencial.
    Resposta: Falso. Correção: uma medida direta consiste em colocar o eletrodo indicador e referência na solução e ler o potencial sem acrescentar titulante.
  3. “O eletrodo de cobre é um exemplo de eletrodo íon seletivo.”
    Eletrodos de metal (Ag, Cu etc.) respondem ao par redox M/Mⁿ⁺ e são considerados indicadores seletivos para aquele cátion.
    Resposta: Verdadeiro.
  4. “Os eletrodos indicadores de membrana são divididos de acordo com a composição da membrana.”
    Exatamente: temos membranas de vidro, cristalinas, de polímero, líquidas etc., cada uma com aplicação diferente.
    Resposta: Verdadeiro.

Passo 3

Agora as afirmativas 5 a 8:
  1. “A solução interna do eletrodo de vidro combinado (em modelos comuns) é o HCl;0,1;mol,L^-1.”
    Na prática se usa uma mistura de cloreto de potássio (KCl) e um pouquinho de ácido clorídrico, ou só KCl concentrado, nunca só HCl.
    Resposta: Falso. Correção: a solução interna típica é KCl;0,1;mol,L^-1 (com ou sem um leve ajuste de pH com HCl).
  2. “Um procedimento comum na manutenção do eletrodo de vidro é a limpeza com solução de HF.”
    Jamais! Fluoreto de hidrogênio corrói vidro.
    Resposta: Falso. Correção: deve-se usar solução de HCl diluído (ou soluções de limpeza específicas), nunca HF.
  3. “Os medidores de pH podem tanto ser utilizados para medidas de pH quanto como bastão de vidro.”
    O medidor (o aparelho eletrônico) não vira bastão de vidro; quem faz o papel de bastão de vidro é o próprio bulbo do eletrodo.
    Resposta: Falso. Correção: o bulbo de vidro do eletrodo pode ser usado como “bastão” para medir pH de superfícies, mas o pH-metro não.
  4. “Para determinar o pH de uma solução com um eletrodo de vidro nunca há a necessidade de utilizar qualquer tipo de junção ou ponte salina.”
    Sempre precisamos de um eletrodo de referência com junção ou ponte salina para completar o circuito iônico.
    Resposta: Falso. Correção: usa-se eletrodo de referência com ponte salina/junção para manter contato iônico com a amostra.

Passo 4

Agora as afirmativas 9 a 11:
  1. “O sistema de detecção do método potenciométrico é composto de fonte, monocromador, detetor e registrador.”
    Isso aí descreve um espectrofotômetro, não potenciometria.
    Resposta: Falso. Correção: o sistema potenciométrico tem eletrodo indicador, eletrodo de referência, voltímetro (ou potenciômetro) e registrador.
  2. “Pode-se determinar qualitativamente a presença de um cátion em solução em potenciometria, desde que se disponha do eletrodo seletivo adequado.”
    Isso é verdade: se você tiver um eletrodo seletivo para, digamos, Ca^2+, dá pra detectar qualitativamente (e até quantitativamente) a presença dele.
    Resposta: Verdadeiro.
  3. “O potencial dos eletrodos indicadores não deve variar durante as medições e deve ser indiferente à variação de concentração do analito.”
    Na real, é exatamente o oposto: o potencial do eletrodo indicador varia conforme a concentração do íon (é daí que vem a medida).
    Resposta: Falso. Correção: o eletrodo de referência é que deve manter potencial estável; o indicador muda com a concentração do analito.

Passo 5

Por fim, as afirmativas 12 a 14:
  1. “A principal função da junção nos eletrodos é permitir a saturação da solução interna pelo contato com a solução externa.”
    Não é pra saturar nada — é pra permitir o fluxo iônico de forma controlada e manter o circuito elétrico sem misturar rápido as soluções.
    Resposta: Falso. Correção: a junção garante contato iônico entre interno e amostra, limitando a difusão.
  2. “A necessidade do eletrodo de dupla junção aparece quando temos que medir uma solução que contém íons cloreto. A dupla junção deve conter íons Ag^+ de forma a evitar os problemas de precipitação que poderiam ocorrer.”
    Não faz sentido colocar Ag^+ — você acabaria precipitando AgCl. Normalmente usa-se eletrólitos inertes (ex.: KNO₃) na segunda câmara.
    Resposta: Falso. Correção: na dupla junção usa-se solução de KNO₃ (ou outro sal inerte) para evitar precipitação ou contaminação com ânions reagentes.
  3. “A equação de Nernst estabelece uma relação linear entre a diferença de potencial de uma pilha e a razão entre as atividades de produtos e reagentes envolvidos num processo de oxirredução.”
    Isso é exatamente o que a Nernst faz:
E = E^circ - RTnFlnaprodutosarea>=ntes,
Resposta: Verdadeiro.

Resposta

  1. V
  2. F – medida direta é só mergulhar eletrodos na amostra e ler o potencial.
  3. V
  4. V
  5. F – a solução interna típica é KCl;0,1;mol,L^-1 (com ou sem um pouquinho de HCl).
  6. F – não se usa HF; usa-se HCl diluído ou solução específica de limpeza.
  7. F – o bulbo de vidro é o “bastão”, não o pH-metro.
  8. F – é preciso eletrodo de referência com junção/ponte salina.
  9. F – o sistema potenciométrico tem eletrodo indicador, referência, voltímetro e registrador.
  10. V
  11. F – indicador varia com a concentração; o estável é o de referência.
  12. F – a junção garante contato iônico, controlando a difusão, não saturação.
  13. F – usa-se sal inerte (ex.: KNO₃) na segunda câmara, não Ag⁺.
  14. V

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