Explique uma utilidade da titulação potenciométrica e se neste tipo de titulação é necessário o uso de um indicador.

Passo 1

Beleza, então o enunciado pede duas coisas: (1) falar de uma utilidade prática da titulação potenciométrica e (2) dizer se, nesse tipo de titulação, a gente precisa usar um indicador químico.
Conteúdo: química analítica – titulações e eletroquímica (potenciometria).
O que vamos precisar: entender o que é titulação potenciométrica, como a gente mede o ponto de equivalência via potencial elétrico e por que isso dispensa, ou não, indicadores visuais.

Passo 2

O que é titulação potenciométrica?
Imagine que, em vez de olhar a cor da solução, a gente espeta ali um eletrodo (por exemplo, de vidro pra soluções ácidas/básicas ou metálico pra redox) que nos dá uma diferença de potencial (tensão) em função da concentração do analito.
Na prática, usamos a equação de Nernst:
E = E^0 + 0,0592nlog[Ox][Red]
Isso quer dizer que, conforme você adiciona titulado (o reagente da bureta), a relação entre espécies oxidadas e reduzidas muda e o potencial medido dá uma “puxada” brusca exatamente no ponto de equivalência.

Passo 3

Utilidade principal
– Alta precisão pra achar o ponto de equivalência.
– Serve muito bem pra soluções coloridas, turvas ou que teriam dificuldade de se enxergar mudança de cor (ex.: titulações redox, complexométricas).
– Permite até titulações multietapa, porque cada etapa gera um salto de potencial característico.

Passo 4

Preciso de indicador químico?
Não precisa!
O eletrodo funciona como um “sensor-indicador” que registra o salto de potencial no ponto de equivalência. Você vê o gráfico potencial × volume de titulante e nota um inflexão bem nítido.
Em alguns protocolos as pessoas ainda colocam um indicador de cor “só pra segurança”, mas, rigorosamente, o sensor elétrico já faz todo o serviço.

Resposta

A titulação potenciométrica é útil para determinar com muita precisão o ponto de equivalência em soluções escuras, turvas ou em reações redox/multietapa, já que se baseia em medir o potencial de um eletrodo (por meio da equação de Nernst) e detectar o salto de tensão. Não é necessário usar um indicador químico, pois o próprio eletrodo atua como sensor que sinaliza o ponto final quando há a mudança brusca de potencial.

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