Os minérios comuns de níquel e de cobre são sulfetos. Já o alumínio é obtido do óxido e o cálcio do carbonato. Estas observações podem ser explicadas em termos de dureza? Justifique sua resposta.
Passo 1
O enunciado diz que os minérios de níquel e cobre vêm quase sempre na forma de sulfetos, enquanto o alumínio vem de óxidos (bauxita) e o cálcio de carbonatos (calcário). Pergunta-se se esse fato pode ser explicado em termos de dureza dos minerais. Para responder precisamos (a) entender o que é dureza mineral (escala de Mohs) e (b) coletar valores típicos de dureza para sulfetos, óxidos e carbonatos indicados.
Passo 2
A dureza de um mineral é medida pela escala de Mohs, na qual cada número é a capacidade de riscar minerais de dureza menor. Por exemplo:
Passo 3
Comparando as durezas vemos que sulfetos e carbonatos/óxidos desse grupo têm valores muito próximos (tudo entre 3 e 4). Não há um salto de dureza que distinguisse “sulfeto duro” de “óxido mole” ou vice-versa. Logo, não existe correlação consistente entre o tipo de minério (sulfeto, óxido, carbonato) e sua dureza na escala de Mohs.
Passo 4
Como não há padrão de dureza que explique por que níquel e cobre aparecem como sulfetos, mas alumínio e cálcio vêm de outros compostos, deve haver outra razão. O fator determinante é a afinidade química dos metais por oxigênio, carbono e enxofre.
Passo 5
Metais menos reativos (níquel, cobre) formam sulfetos estáveis em condições geológicas, enquanto metais muito mais eletropositivos (alumínio, cálcio) oxidam facilmente e dão óxidos ou reagem com
para formar carbonatos estáveis. Esses espécies (óxidos e carbonatos de Al e Ca) são insolúveis e persistem na crosta, enquanto sulfetos de Al e Ca seriam solúveis ou instáveis em água e ar.
Resposta
Não. A ocorrência de sulfetos para Ni e Cu e de óxidos/carbonatos para Al e Ca não se deve à dureza dos minerais, mas sim à afinidade química de cada metal por oxigênio, enxofre e dióxido de carbono.