2 Mostre que a côr é uma propriedade da luz. Como podemos mensura-la, independente desta estar sob uma teoria corpuscular ou ondulatória?

Passo 1

O enunciado pede para mostrar que a cor é uma propriedade intrínseca da luz e indicar como mensurá-la experimentalmente, sem depender de adotarmos o modelo corpuscular ou ondulatório.

Passo 2

Na física, chamamos de cor a percepção associada à frequência nu ou ao comprimento de onda lambda da radiação visível. Seja no modelo ondulatório — em que c=lambda,nu —, seja no corpuscular — com fótons de energia E=h,nu — a frequência (e portanto o comprimento de onda) é uma característica da própria luz.
A independência de teoria fica clara porque ambos os modelos atribuem à luz um parâmetro numérico nu (ou lambda): ao medir esse parâmetro, definimos a cor. Não importa se é partícula ou onda, o que conta é que há uma propriedade mensurável ligada a lambda (ou nu).

Passo 3

Para medir lambda podemos usar um espectrômetro com rede de difração. Na experiência, dirigimos um feixe monocromático sobre uma rede de passo d. Observamos máximos de difração num ângulo theta.
O comprimento de onda sai da condição de difração:
d,sintheta = m,lambda(m=1,2,dots)
Medindo d (passo da rede) e theta para uma ordem m, basta isolar lambda e identificamos a cor. Isso dispensa qualquer discussão sobre partícula ou onda.

Passo 4

Como alternativa, prismas, filtros calibrados ou espectrofotômetros digitais fazem a mesma extração de lambda a partir da dispersão ou da absorção seletiva. Assim, a cor é uma propriedade da luz mensurável pelo seu comprimento de onda ou frequência, independentemente do modelo teórico adotado.

Resposta

A cor é determinada pela frequência nu (ou comprimento de onda lambda) da luz, e pode ser mensurada experimentalmente — por exemplo, usando uma rede de difração e a fórmula dsintheta=mlambda — sem que se precise assumir se a luz é onda ou partícula.

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