2. Por que essas mudanças colocaram em xeque os antigos modelos de explicação da sociedade?
Martins destaca que as formas tradicionais de explicar a sociedade, baseadas na religião ou na ordem natural das coisas, começaram a não dar conta da velocidade e da profundidade das mudanças. As antigas certezas ruíram e foi necessário criar um novo olhar (que fosse mais científico, mais analítico), para entender o que estava acontecendo.
Passo 1
O enunciado pergunta por que as transformações sociais acentuadas (tanto em velocidade quanto em profundidade) obrigaram a repensar as explicações tradicionais da sociedade — aquelas baseadas em autoridade religiosa ou numa suposta “ordem natural das coisas”.
Passo 2
Essas mudanças referem-se a revoluções tecnológicas, políticas e econômicas (industrialização, urbanização, difusão de novas ideias) que começaram a ocorrer de forma muito mais rápida e com impactos mais complexos do que qualquer mudança anterior.
Passo 3
Os modelos antigos apoiavam-se em certezas estáveis: a religião garantia um sentido fixo para o mundo e a ideia de ordem natural legitimava hierarquias e regras imutáveis. Quando a sociedade se transformou num ritmo acelerado, essas explicações estáticas não conseguiam mais dar conta das novas dinâmicas.
Passo 4
Com as velhas certezas ruindo, passou a ser necessário um olhar que descrevesse a sociedade como um sistema dinâmico, sujeito a leis próprias, variáveis e mensuráveis. Surgiu, então, a demanda por métodos mais científicos e analíticos para compreender conflitos, desigualdades e mudanças constantes.
Resposta
Porque a intensidade e a rapidez das transformações sociais tornaram insuficientes as explicações baseadas em autoridade religiosa ou numa ordem natural fixa, derrubando antigas certezas e exigindo um novo enfoque científico e analítico para compreender a sociedade.