Como as mudanças de escopo são gerenciadas no modelo cascata?
Passo 1
O enunciado pergunta como as mudanças de escopo são gerenciadas no modelo cascata, que é um processo de desenvolvimento de software organizado em fases sequenciais (requisitos → design → implementação → testes → entrega). Para responder, vamos entender a característica principal do modelo cascata em relação a alterações e quais mecanismos ele oferece para controlá-las.
Passo 2
No modelo cascata, cada fase precisa ser concluída e aprovada antes de começar a seguinte. Isso significa que, idealmente, os requisitos são congelados após sua definição e validação. Se surgir uma mudança de escopo depois desse “congelamento”, ela quebra o fluxo linear e exige um retorno a fases anteriores.
Passo 3
Para evitar que esse retorno manual e desestruturado gere confusão, o modelo cascata normalmente impõe um processo formal de controle de mudanças, composto por:
- Requisição formal: o cliente ou equipe interna preenche um documento detalhando o que muda e por quê;
- Análise de impacto: gerente de projeto e arquitetos avaliam custos, prazos e risco de retrabalho em cada fase afetada;
- Reunião do Change Control Board (CCB): um comitê (stakeholders, gerente técnico, cliente) decide se aprova, nega ou posterga a mudança;
- Atualização de documentos: caso aprovada, requisitos, cronograma e orçamentos são revisados e todos os artefatos são versionados;
- Replanejamento: as fases já concluídas podem precisar ser refeitas ou ajustadas, com definição explícita de novos marcos.
Passo 4
Esse procedimento rígido torna as mudanças mais controladas, mas também mais lentas e custosas. Como não há sobreposição de fases, cada alteração exige retrabalho formal e aumenta o risco de atrasos ou estouros de orçamento. Por isso, o modelo cascata é indicado quando os requisitos são bem conhecidos e pouco sujeitos a alterações.
Resposta
As mudanças de escopo no modelo cascata são gerenciadas por um processo formal de controle de mudanças que envolve requisição documentada, análise de impacto, aprovação em comitê (Change Control Board), atualização de artefatos e replanejamento das fases afetadas. Isso garante controle rígido, mas torna as alterações lentas e mais caras.