- É possível combinar Z-buffer e algoritmo do pintor em uma mesma aplicação? Explique.
Passo 1
O enunciado pergunta se dá para usar o Z-buffer e o algoritmo do pintor na mesma aplicação, ou seja, estamos no contexto de remoção de superfícies ocultas em computação gráfica e queremos entender como esses dois métodos podem coexistir.
Passo 2
O algoritmo do pintor funciona ordenando primitivas (triângulos, polígonos) de trás para frente e as desenha nessa ordem. Assim, cada novo desenho sobrepõe o anterior. Seu ponto fraco é a necessidade de ordenação global e o tratamento de interseções de polígonos, além de sobrecarga de overdrawing.
Passo 3
O Z-buffer resolve a visibilidade por pixel: mantém um buffer de profundidade onde só se escreve uma cor de pixel se seu valor de profundidade for menor (isto é, mais próximo da câmera) do que o que já está guardado. Não requer ordenação de primitivas, mas consome memória de buffer e depende de hardware para ser eficiente.
Passo 4
Na prática integramos os dois para aproveitar pontos fortes de cada um. Por exemplo, desenhamos primeiro todos os objetos opacos em qualquer ordem usando Z-buffer para economizar overdrawing. Depois aplicamos o algoritmo do pintor apenas aos objetos transparentes, ordenando-os de trás para frente e mesclando cores sem alterar o Z-buffer. Também podemos fazer uma ordenação grosseira (poucas classes de profundidade) com o pintor e, dentro de cada classe, usar Z-buffer para resolver restas de visibilidade.
Resposta
Sim. Uma abordagem típica é renderizar primeiro toda a geometria opaca usando Z-buffer (sem ordenar) e em seguida, para objetos transparentes, aplicar o algoritmo do pintor (ordenando back-to-front) e misturar cores sem atualizar o Z-buffer.