1. É próprio da visão naturalista, inspirada em Aristóteles, em contraponto com o contratualismo enquanto hipótese de formação do Estado:
    a) que o ser humano tenha de sair do estado de natureza.
    b) que o pacto celebrado seja um acordo de consentimento mais natural do que a imposição de um pacto de submissão.
    c) que a propriedade privada seja um direito anterior à entrada na sociedade civil organizada pelo consenso.
    d) que o ser humano é naturalmente gregário, não havendo necessidade de ajuste para formar a sociedade organizada.

Passo 1

O enunciado pergunta qual afirmação condiz com a visão naturalista inspirada em Aristóteles, em contraste com o contratualismo (que vê a sociedade como fruto de um pacto). O conteúdo é teoria do Estado e filosofia política.

Passo 2

Na visão naturalista-aristotélica o homem é um zoon politikon (“animal político”), isto é, tende naturalmente à vida em comunidade e à instituição espontânea de formas organizadas de convivência, sem depender de um acordo formal para surgir.

Passo 3

Já o contratualismo (Hobbes, Locke, Rousseau) parte do pressuposto de um estado de natureza prévio, do qual os indivíduos precisam “sair” mediante um contrato social para formar o Estado e garantir direitos – por isso fala-se em pacto de consentimento e necessidade de um ajuste ou acordo.

Passo 4

Analisando cada alternativa:
a) saída do estado de natureza \to ideia contratualista, não naturalista.
b) pacto por consentimento mais natural do que submissão \to ainda refere-se ao contrato, não à emergência espontânea da sociedade.
c) propriedade privada anterior à sociedade civil organizada \to teoria de Locke, contratualista.
d) ser humano é naturalmente gregário, sem necessidade de ajuste para formar a sociedade organizada \to está em linha com Aristóteles, que vê a organização social como algo espontâneo e inerente ao homem.

Resposta

d) que o ser humano é naturalmente gregário, não havendo necessidade de ajuste para formar a sociedade organizada.

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