Questão 3: (4,0)
Quais os três principais mecanismos de desgaste esperados em alta velocidade de corte utilizando ferramentas de metal duro?

Passo 1

O enunciado pergunta sobre os principais mecanismos de desgaste em ferramentas de metal duro (berílio-tungstato ou WC-Co) quando usadas em alta velocidade de corte. Esse é um tema de tribologia aplicada à usinagem, e vamos identificar os três mecanismos fundamentais de perda de material da ferramenta nessas condições.

Passo 2

O primeiro mecanismo é o desgaste abrasivo. Em alta velocidade a zona de corte gera calor e favorece a ação de inclusões duras (por exemplo, partículas de carbono não reagido ou fragmentos de cerâmica) na superfície da peça que “arranham” a aresta da ferramenta. Esse arranhamento contínuo cria sulcos e amplia progressivamente a aresta de desgaste, reduzindo sua geometria de corte.

Passo 3

O segundo mecanismo é o desgaste adesivo. Devido às altas temperaturas, parte do material da peça solda-se momentaneamente à superfície da ferramenta (formação de built-up edge). Quando essa soldagem se rompe, arranca fragmentos da ferramenta, gerando crateras na face de corte e lascas na aresta de botão, o que acelera o desgaste localizado.

Passo 4

O terceiro mecanismo é o desgaste por difusão (ou químico-oxidativo). A elevada temperatura na zona de corte facilita a difusão de elementos do metal duro (como tungstênio e cobalto) para o material usinado, além de promover reações de oxidação na superfície da ferramenta. Esse processo químico‐difusivo afina o revestimento e o ligante, enfraquecendo o composto e diminuindo sua resistência ao desgaste.

Resposta

  1. Desgaste abrasivo
  2. Desgaste adesivo
  3. Desgaste por difusão (químico-oxidativo)

Exercícios relacionados