- Por que a representação estrutural de moléculas que sofrem ressonância é considerada uma estrutura fictícia?
Passo 1
Estamos perguntando por que, quando uma molécula apresenta ressonância, as fórmulas de Lewis individuais (chamadas de estruturas canônicas) não representam a situação real dos elétrons. O conteúdo aqui é a teoria da ressonância e a ideia de que elétrons
ou pares não ligantes podem se espalhar (delocalizar) por várias ligações ou átomos.
Passo 2
Nas estruturas canônicas temos desenhos com ligações simples e duplas fixas, e cargas localizadas em certos átomos. Cada forma canônica obedece às regras de octeto e carga total, mas em cada uma delas os elétrons estão “presos” num arranjo específico.
Passo 3
O grande lance da ressonância é que esses elétrons
(ou pares livres) na verdade não ficam presos num único local: eles se delocalizam por toda a região indicada nas várias formas. Assim, nenhuma das estruturas canônicas descreve como os elétrons realmente se comportam — cada uma é só um limite extremo (um “modelinho”) de onde os elétrons poderiam estar.
Passo 4
Como o arranjo real de elétrons é um híbrido (ou média ponderada) dessas formas canônicas, chamamos cada forma de fictícia. A molécula verdadeira é mais estável e tem ligações de caráter intermediário entre simples e duplas, não exatamente como em nenhuma das figuras isoladas.
Resposta
A representação estrutural em ressonância é considerada fictícia porque cada fórmula de Lewis isolada prende elétrons num arranjo fixo, enquanto na realidade esses elétrons estão delocalizados. O verdadeiro estado da molécula é um híbrido de todas as estruturas canônicas, de modo que nenhuma delas, isoladamente, reflete corretamente a distribuição eletrônica real.