Beleza, então o exercício pede pra gente conceituar cinco parâmetros de metrologia: incerteza, repetitividade, reprodutibilidade, rastreabilidade e comparabilidade. Isso cai em “Característica metrológica do resultado de medição”, ou seja, aquele conjunto de definições que dizem “o quanto você pode confiar” e “quão consistente” é uma medida. Pra resolver, vamos precisar conhecer a teoria básica de metrologia: o que é incerteza e como se compara resultados de medição.
Passo 2
Incerteza
– Teoria aplicada: a incerteza é um parâmetro que expressa a dispersão dos valores plausíveis atribuídos ao mensurando (o valor real que a gente quer medir).
– Explicando na prática: digamos que você meça a temperatura ambiente várias vezes e obtenha resultados ligeiramente diferentes. A incerteza diz o “tamanho” dessa diferença possível.
– Fórmulas em LaTeX:
Incerteza padrão combinada:onde cada U = k , uc é uma fonte de incerteza (erro do sensor, instabilidade, etc.).
Incerteza expandida (pra ter um intervalo de confiança maior):com = fator de cobertura (por exemplo 2 para ~95% de confiança).
Passo 3
Repetitividade
– Teoria aplicada: é a variação nos resultados de medida quando o mesmo operador, o mesmo instrumento e as mesmas condições repetem a medição várias vezes num curto espaço de tempo.
– Na prática: se você pegar um instrumento e medir um pedaço de metal cinco vezes seguidas sem mudar nada, a dispersão desses cinco valores indica a repetitividade. Quanto menor, melhor a consistência interna.
Passo 4
Reprodutibilidade
– Teoria aplicada: parece repetitividade, mas aqui mudam as condições (outro operador, outro laboratório, outro dia, outro instrumento, etc.).
– Na prática: se seu colega em outro laboratório mede o mesmo pedaço de metal, a diferença entre esses resultados e os seus dá a noção de reprodutibilidade. É a “consistência externa” entre usuários e ambientes.
Passo 5
Rastreabilidade
– Teoria aplicada: garante que o resultado da medição possa ser relacionado a padrões nacionais ou internacionais (SI) através de uma cadeia documentada de calibrações.
– Na prática: seu termômetro foi calibrado num laboratório acreditado, que por sua vez calibrou seu padrão contra o padrão nacional e assim por diante, até o padrão internacional. Essa “cadeia” documentada é a rastreabilidade.
Passo 6
Comparabilidade
– Teoria aplicada: capacidade de se comparar resultados de medição entre diferentes laboratórios ou sistemas, baseando-se em conformidade de métodos, rastreabilidade comum e incertezas conhecidas.
– Na prática: se eu e você medirmos a mesma coisa em locais diferentes, nossos resultados serão comparáveis se ambos seguirmos métodos padronizados, tivermos rastreabilidade ao mesmo padrão e relatarmos as incertezas adequadamente.