Utilizando a reação de clivagem oxidativa, como seria possível diferenciar o cicloexa-1,4dieno do cicloexa-1,3-dieno?
Passo 1
O enunciado pede para distinguir o cicloexa-1,4-dieno do cicloexa-1,3-dieno usando uma reação de clivagem oxidativa (por exemplo KMn
quente ou ozonólise com trabalho deeração oxidativo). O que precisamos é prever os produtos de oxidação de cada dieno e encontrar um teste simples que mostre a diferença.
Passo 2
Descrevendo a clivagem oxidativa por KMn
(ou ozônio seguido de meio oxidante), cada dupla ligação se rompe e os carbonos envolvidos viram grupos carboxílicos.
- No cicloexa-1,4-dieno as duplas estão em C
C2 e C C5. A ruptura gera dois fragmentos de três carbonos cada, ambos terminais nas duas pontas dão lugar a ácidos dicarboxílicos de três átomos de carbono, isto é, ácido butan-1,3-dioico (succinato) em cada fragmento: Como são dois fragmentos idênticos, formam-se duas moléculas de ácido succínico.
Passo 3
No cicloexa-1,3-dieno as duplas estão em C
C2 e C
C4. A clivagem em C1–C2 produz um fragmento de dois carbonos que vira ácido oxálico
e a clivagem em C3–C4 deixa um fragmento de quatro carbonos, que vira ácido succínico
Logo, formam-se uma molécula de ácido oxálico e uma de ácido succínico.
Passo 4
Para diferenciar na prática basta tratar cada dieno com KMn
quente e, após acidificar, adicionar uma solução de CaC
.
- Se aparecer precipitado branco de oxalato de cálcio
, é porque há ácido oxálico → era o cicloexa-1,3-dieno. - Se não houver precipitado de oxalato e apenas detectar ácido succínico em solução (por exemplo por ponto de fusão ou titulação), trata-se do cicloexa-1,4-dieno.
Resposta
O cicloexa-1,4-dieno, em clivagem oxidativa, gera duas moléculas de ácido succínico; já o cicloexa-1,3-dieno gera uma de ácido oxálico e uma de ácido succínico. A presença de precipitado de
identifica o cicloexa-1,3-dieno.