É adequado falar em T_{m} e T_{g} em elastômeros e termofixos? Explique.

Passo 1

O enunciado pergunta se faz sentido falar em T_{m} (temperatura de fusão) e em T_{g} (temperatura de transição vítrea) ao tratar de elastômeros e de polímeros termofixos. O conteúdo envolvido é a caracterização das transições térmicas em polímeros (amorfos versus cristalinos e lineares versus reticulados).

Passo 2

Temperatura de fusão T_{m}: ela corresponde ao ponto em que regiões cristalinas de um polímero semi-cristalino derretem — ou seja, cadeias poliméricas altamente ordenadas perdem sua estrutura cristalina e passam ao estado líquido amorfo. Só existe T_{m} em polímeros que formam cristais e que não têm estrutura que impeça esse derretimento.
Temperatura de transição vítrea T_{g}: caracteriza a passagem de um polímero amorfo (ou das regiões amorfas de um semi-cristalino) de um estado rígido e vítreo para um estado mais rubro-elástico. Toda parte amorfa apresenta T_{g}, pois ela reflete o ganho de mobilidade das cadeias quando aquecidas.

Passo 3

Elastômeros normalmente são polímeros amorfos e reticulados (ou seja, suas cadeias são cruzadas quimicamente). A reticulação impede que as cadeias deslizem livremente e formem um líquido cristalino: não há fusão de cristais, apenas amolecimento acima de T_{g}. Mesmo elastômeros parcialmente cristalinos não derretem antes de degradar se estiverem reticulados.

Passo 4

Polímeros termofixos são sempre reticulados tridimensionalmente e, em geral, amorfos. Não existe fase cristalina passível de fusão; antes de fundir eles se degradam quimicamente. Portanto, também não têm T_{m}, mas apresentam T_{g}, acima da qual o material transita de rígido para mais flexível.

Resposta

Não é adequado falar em T_{m} para elastômeros e termofixos, pois a reticulação impede qualquer fusão cristalina. Nesses materiais só faz sentido definir e usar a temperatura de transição vítrea T_{g}.

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