Cite os procedimentos para escolha do evento hidrológico de projeto(cheia de projeto)para o dimensionamento de um Dique Marginal implantado em uma Bacia Urbana-Residencial
e em uma Bacia Rural Urbana(
).
Passo 1
O enunciado pede que a gente defina a “cheia de projeto” para dimensionar um dique marginal em duas bacias de áreas diferentes: uma urbana-residencial com
e outra rural-urbana com
. O conteúdo envolve métodos de frequência de cheias e de transformação chuva-escoamento para determinar a vazão de pico de projeto.
Passo 2
Reunir e tratar os dados hidrológicos e pluviométricos disponíveis. Isso inclui séries históricas de vazão máxima anual (no mínimo 20–30 anos) e pluviogramas intensos. Fazer controle de qualidade, preencher valores faltantes e verificar homogeneidade da série.
Passo 3
Escolher o método de estimação conforme a área de drenagem. Para bacias pequenas (tipicamente
), é mais comum usar um modelo pluviométrico-escoamento (por exemplo, SCS-CN ou Método Racional + curvas IDF). Para bacias grandes
, prefere-se análise de frequência de vazões máximas anuais (ajuste a Gumbel, Log-Pearson III etc.).
Passo 4
Definir o período de retorno
adequado ao risco aceitável. Em drenagem urbana‐residencial costuma-se adotar
anos; em bacia rural-urbana, onde há menos restrição de ocupação, pode usar
anos. Essa escolha depende de diretrizes locais e do grau de proteção desejado.
Passo 5
Calcular a vazão de pico de projeto
:
- Para
: selecionar, a partir de curvas IDF, a chuva de projeto com duração igual ao tempo de concentração da bacia; transformar essa chuva em escoamento usando SCS-CN ou Método Racional, obtendo . - Para
: ajustar à série de máximos anuais a distribuição escolhida (p.ex. Gumbel) e estimar para o retorno .
Passo 6
Gerar o hidrograma de projeto (forma temporal da descarga). Em bacias pequenas aplica-se hidrograma unitário (SCS-UH) ou método triangular de Snyder; em bacias maiores pode usar hidrograma sintético calibrado ou função mono/hidrograma do modelo de chuva-escoamento adotado.
Passo 7
Acrescentar elemento de segurança: prever dársenas de armazenamento, calha livre (surcharges) e possíveis acréscimos por mudanças climáticas. Ajustar a vazão de projeto final
considerando reserva para ondas, margens e casos extremos.
Passo 8
Validar resultados e consolidar a “cheia de projeto” como base do dimensionamento do dique marginal: altura, seção de coronamento e fundação serão definidos a partir do hidrograma de projeto final
.
Resposta
Procedimento para
(bacia urbana-residencial):
– Coleta e tratamento de pluviogramas e séries de vazão
– Uso de curvas IDF para chuva de projeto com duração = tempo de concentração
– Transformação chuva-escoamento (método SCS-CN ou racional) →
– Hidrograma unitário (SCS-UH ou Snyder) → hidrograma de projeto
– Adição de margem de segurança → vazão ajustada
– Coleta e tratamento de pluviogramas e séries de vazão
– Uso de curvas IDF para chuva de projeto com duração = tempo de concentração
– Transformação chuva-escoamento (método SCS-CN ou racional) →
– Hidrograma unitário (SCS-UH ou Snyder) → hidrograma de projeto
– Adição de margem de segurança → vazão ajustada
Procedimento para
(bacia rural-urbana):
– Coleta e tratamento de séries de máximos anuais de vazão
– Ajuste de distribuição de frequência (Gumbel, Log-Pearson III) e escolha de (
anos)
– Estimativa de →
– Geração de hidrograma por modelo pluviométrico-escoamento calibrado
– Inclusão de calha livre e margens → vazão ajustada
– Coleta e tratamento de séries de máximos anuais de vazão
– Ajuste de distribuição de frequência (Gumbel, Log-Pearson III) e escolha de
– Estimativa de
– Geração de hidrograma por modelo pluviométrico-escoamento calibrado
– Inclusão de calha livre e margens → vazão ajustada