Cite situações (exemplos) que seja apropriada a aplicação das seguintes técnicas não probabilísticas:
amostragem “bola de neve”.

Passo 1

O enunciado pede para citar situações em que a amostragem “bola de neve” é a técnica não-probabilística mais adequada. Esse método é usado quando não existe um quadro amostral formal e quando os indivíduos pertencem a redes sociais relativamente fechadas ou difíceis de acessar.

Passo 2

Na amostragem bola de neve, você seleciona alguns participantes-chave (sementes) e, a partir deles, recruta novas pessoas que atendam aos critérios do estudo. Cada um dos indicados pode, por sua vez, indicar outros, gerando um “efeito cascata”. O processo continua até atingir o tamanho de amostra desejado ou saturação de informações.

Passo 3

Esse procedimento funciona bem quando:
• A população‐alvo é oculta, marginalizada ou estigmatizada;
• Não há listas oficiais ou registros que permitam sorteio ou seleção aleatória;
• Os sujeitos conhecem uns aos outros e aceitam fazer indicação mútua;
• Pretendemos estudar características que só aparecem em redes fechadas.

Passo 4

Vamos ver exemplos práticos em que faz sentido usar bola de neve:
  1. Pesquisa com usuários de drogas injetáveis, pois são um grupo difícil de identificar nas estatísticas oficiais e mantêm redes de convivência.
  2. Estudo sobre trabalhadores sexuais de rua, já que atuam em contextos informais e costumam se indicar mutuamente.
  3. Investigação com pessoas vivendo com HIV em comunidades onde o diagnóstico gera estigma.
  4. Levantamento de refugiados ou imigrantes em situação irregular, que não aparecem em cadastros oficiais.
  5. Mapeamento de membros de gangues ou grupos clandestinos, acessíveis apenas através de contatos internos.
  6. Diagnóstico de portadores de doenças raras sem cadastro em sistemas de vigilância.
  7. Entrevistas com especialistas em nichos muito específicos (por exemplo, curadores de arte urbana), quando não há diretório de referência.

Resposta

• Usuários de drogas injetáveis
• Trabalhadores sexuais de rua
• Pessoas vivendo com HIV em comunidades estigmatizadas
• Refugiados ou imigrantes em situação irregular
• Membros de gangues ou grupos clandestinos
• Portadores de doenças raras sem cadastro oficial
• Especialistas em nichos sem diretório formal

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